Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

Subárea: Química

Órgão de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

Título
Identificação e avaliação da toxicidade de subprodutos de fármacos formados após tratamento de água por cloração e ozonólise.
Autores
BIANCA ALINE DE SOUSA (Autor)
Robson José de Cássia Franco Afonso (Orientador)
Amanda Vasconcelos Quaresma (Colaborador)
Resumo
A presença de produtos farmacêuticos como microcontaminantes de preocupação emergente tem atraído muita atenção da comunidade científica devido ao seu potencial impacto sobre o meio ambiente, à saúde humana e animal. Os tratamentos convencionais utilizados nas estações de tratamento de água (ETA) e esgoto (ETE) não visam a remoção de fármacos, neste contexto, tecnologias visando remoção desses microcontaminantes estão sendo avaliadas. Estudos indicam que tratamentos de água por cloração e ozonólise são eficientes para degradar diversas substâncias orgânicas, mas muitas vezes não ocorre mineralização completa dessas substâncias e subprodutos de degradação podem ser formados, que podem apresentar potencial toxicológico ainda maior que o fármaco de origem e maior resistência a degradação. Diante deste problema o presente trabalho avaliou, em escala de bancada, o comportamento dos fármacos atenolol, cimetidina e dexametasona à 10 mg/L durante os tratamentos de água por cloração (NaOCl à 10 mg/L) e ozonólise (O3 à 8 mg/L). A eficácia de mineralização foi avaliada por Carbono Orgânico Total (TOC-L SHIMADZU®) onde em ambos os tratamentos em questão, dexametasona foi o fármaco que apresentou maior mineralização, 11,26 ± 0,02% no tratamento de cloração e 15,42 ± 0,01% na ozonólise. A identificação dos subprodutos de degradação foi realizada por cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massa (LCMS-8040 SHIMADZU®) onde revelou que houve formação de subprodutos em todas amostras avaliadas e mais uma vez, dexametasona se destacou com formação de 14 subprodutos no tratamento por ozonólise. A toxicidade aguda pré e pós tratamentos foi avaliada por ensaio colorimétrico utilizando MTT (brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazólio) com células HepG2 onde o fármaco dexametasona após cloração reduziu a viabilidade celular além do limite de toxicidade, já as demais amostras não foram tóxicas para as células.
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