Publicado no Encontro de Saberes 2016
Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES
Subárea: Sociologia
Órgão de Fomento: Universidade Estadual Júlio Mesquita Filho
| Título |
| Considerações sobre a produção fotográfica do turista prezando a categoria de mundo-imagem |
| Autores |
|
Luiz Henrique Campos Pereira (Autor) Luís Antônio Francisco de Souza (Orientador) |
| Resumo |
| O desafio no corrente projeto ocorre na identificação da fotografia como objeto do moderno e da onipresença de imagens fotográficas na sociabilidade moderna na condição que permitam refletir sobre a produção de imagens fotográficas que são praticadas como rito social, como invólucro do individuo frente à ansiedade ou ainda como instrumento de poder. Isto é, na perspectiva da atividade moderna de turismo torna-se possível discutir as fotografias produzidas pelo indivíduo. Apoiado na obra de Susan Sontag (1933-2004) e Walter Benjamin (1892-1940) o projeto se debruça em analisar aspectos da gênese social e implicações do conhecimento convencionado em torno do turista que produz suas fotografias. Assim, a revisão e discussão bibliográfica baseada em pesquisa exploratória à luz da categoria mundo-imagem, elaborada por Sontag (2004), norteiam o debate. Tão logo, soa plausível a perspectiva de interpretação presente em Sontag (2004, p.184): “No mundo-imagem, aquilo aconteceu e sempre acontecerá daquela maneira”. Ou seja, a expectativa do turista circunda as imagens que o mesmo consome. Além disso, a discussão se amplia ao identificar que as fotografias também formam referenciais. Um dos primeiros atos do turista ao ver um ponto turístico é fotografá-lo. E, mais, pessoas sentem que são imagens – aplicativos de Smartphone que priorizam catálogos fotográficos das próprias pessoas para criar redes de relacionamentos situam a problematização de maneira contundente. O turista parece não encontrar sentido em viajar e não produzir imagens fotográficas da Mona Lisa. Afinal, como aponta Benjamin (1986) “Cada dia fica mais irresistível a necessidade de possuir o objeto de tão perto quanto possível, na imagem, ou melhor, na sua reprodução”. O projeto não está concluído e exige cautela nos apontamentos, porém a sociabilidade presente no debate diz respeito a uma produção que permeia, essencialmente, vontades e desejos do próprio individuo e não visa o conhecimento coletivo. |
