Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Educação

Órgão de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

Título
A Juvenilização da EJA: Um fenômeno crescente na região dos inconfidentes
Autores
BRUNO DE CASTRO OLIVEIRA (Autor)
Rosa Maria da Exaltação Coutrim (Orientador)
Regina Magna B. Araújo (Co-Orientador)
Resumo
Observamos hoje um aumento significativo de jovens com menos de 18 anos nas classes de EJA (Educação de Jovens e Adultos). Tal fenômeno é conhecido como “juvenilização da EJA”. Este trabalho provém de uma pesquisa realizada pelo “Observatório Educacional da Região dos Inconfidentes” da Universidade Federal de Ouro Preto e tem como objetivo principal analisar quem são os alunos jovens da EJA que estudam na rede pública dos municípios da região dos Inconfidentes – MG e qual o papel que a escola representa para esses sujeitos. A pesquisa está sendo realizada com metodologia hibrida, com coleta de dados quantitativos e dados qualitativos. Na primeira etapa foram aplicados questionários a todos os alunos da EJA das escolas municipais, nas cidades da região (Itabirito, Ouro Preto, Mariana, Acaiaca e Diogo de Vasconcelos), totalizando 1.106 participantes. Desse total 18,4% dos alunos possuem menos de 18 anos. Os dados foram tabulados utilizando o programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences). Na segunda etapa serão realizados dois grupos focais com os jovens estudantes da escola CEMPA localizada em Mariana. Os grupos focais serão compostos por até 20 alunos com menos de 18 anos que frequentam a EJA. Essa fase da investigação está em andamento. Os primeiros resultados, oriundos dos questionários demonstram que, em sua maioria, esses jovens são solteiros, nunca pararam de estudar, se auto classificam principalmente como negros ou pardos e recebem até 2 salários mínimos. A grande maioria é constituída por homens, sendo 66,6% do sexo masculino e 33,3% do sexo feminino e cerca de 27% desses jovens não trabalha, o que demonstra o perfil diferenciado desses estudantes em relação ao público historicamente atendido pela EJA. Tais dados trazem preocupação para pesquisadores, gestores e professores que se questionam sobre os fatores que levaram esses jovens tão novos chegarem às salas de EJA.
Voltar Visualizar PDF