Publicado no Encontro de Saberes 2016
Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
Subárea: Geociências
Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto
Título |
CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E TEXTURAL DE GRANITÓIDES DA TERMINAÇÃO INTRACONTINENTAL DO ARCO MAGMÁTICO RIO DOCE, ORÓGENO ARAÇUAÍ. |
Autores |
MARCOS GERALDO BARBOSA PIMENTA (Autor) Cristiane Paula de Castro Gonçalves (Orientador) Leonardo Eustáquio da Silva Gonçalves (Orientador) |
Resumo |
O Orógeno Araçuaí se desenvolveu em ambiente parcialmente confinado, circundado por regiões cratônicas e está situado entre o Cráton do São Francisco e a margem continental brasileira. Na sua terminação intracontinental tem-se supersuítes graníticas que marcam de seu estágio pré-colisional (Supersuíte G1) ao colapso gravitacional (Supersuíte G5). A Supersuíte G1 foi formada durante o fechamento do segmento terminal do oceano Adamastor (630 – 585 Ma), é relacionada a subducção, e em conjunto com rochas do Grupo Rio Doce, forma o Arco Magmático Rio Doce. A fase sin-colisional é registrada pela Supersuíte G2, com idades de cristalização de 590-545 Ma. O colapso gravitacional é representado pela Supersuite G5, com granitos não foliados do tipo I, com idades de cristalização de 530-480 Ma. A partir de microscopia ótica e compilação de dados, aspectos texturais de granitoides G1 tem sido caracterizados. Discriminando-se microtramas magmáticas e deformacionais busca-se definir relações com granitoides G1 da zona central do orógeno. Sabe-se que na terminação continental do arco tem-se: tonalitos, granodioritos e monzogranitos, intrusivos em paragnaisses e migmatitos do Complexo Jequitinhonha; levemente peraluminosos; isotrópicos a foliados, cujo mineral máfico predominante é biotita. Há enclaves meta-ígneos e metassedimentares, sendo os últimos predominantes. As porções isotrópicas estão restritas a zonas internas dos plutons, havendo zonas fortemente foliadas e feições migmatíticas. Maclas mecânicas, extinção ondulante, feições de recristalização e foliação metamórfica são as feições dominantes. Isso contrasta com os corpos graníticos G1 da porção central do arco, onde se tem principalmente biotita hornblenda granitos, cujas feições microestruturais remetem, predominantemente, a processos ígneos, com indícios locais de fluxo em estado sólido. As condições metamórficas são de fácies xisto-verde a anfibolito, não havendo registro de feições de migmatização. |