Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Subárea: Ciências Sociais

Órgão de Fomento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

Título
As indústrias e o discurso sustentável
Autores
Wendy Cristina Girotto (Autor)
Gustavo Hipolito Giaquinto Oliveira (Co-Autor)
Resumo
Essa pesquisa está em desenvolvimento e tem como objetivo demonstrar como os relatórios apresentados pela ONU sobre desenvolvimento sustentável e que são as bases de políticas socioambientais dos países centrais aderem a um discurso neoliberal de culpabilização dos indivíduos, se utilizando de micronarrativas ao invés de apresentar os problemas em sua totalidade. Os problemas ambientais ganharam visibilidade apenas quando as classes e setores dominantes reconheceram que a forma de produção em exercício acabaria com as próprias condições de produção, no início dos anos 70. Fica evidente que os problemas ambientais representam, acima de tudo, uma crise na produção para os capitalistas. Logo, as medidas tomadas pela ONU - órgão que ficou responsável de pensar o desenvolvimento sustentável da sociedade - não visaram acabar com essa forma de produção inconsequente, mas sim, tirar a responsabilidade dos problemas socioambientais das grandes corporações e transferir para os consumidores. Sendo um movimento vindo das classes dominantes, percebe-se que os limites das leis ambientais são pré-estabelecidos. Se o motivo de se colocar em pauta questões ambientais era o medo de não poder produzir, esse é um fator que não vai ser modificado. A produção continua, a mudança de comportamento se espera apenas dos indivíduos consumidores. Começa, então, a utilização de discursos fragmentados que apontam o problema - e as soluções - apenas em relação ao consumo. As micronarrativas servem pra causar comoção – ao exemplo de ONGs em prol de objetos muito específicos – e assim, para que haja uma mobilização de cunho popular motivada por discursos de “conscientização”, que na verdade, são estratégias que eximem as responsabilidades das grandes corporações industriais individualizando as causas dos problemas socioambientais.
Voltar Visualizar PDF