Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Farmácia

Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Título
Caracterização biológica e resposta ao tratamento de quatro amostras de Trypanosoma cruzi, representantes das DTU(s) II e VI, isoladas de pacientes chagásicos crônicos
Autores
FERNANDA KAROLINE VIEIRA DA SILVA TORCHELSEN (Autor)
ELEONORA LIMA ALVES CUNHA (Autor)
RENATA TUPINAMBA BRANQUINHO (Orientador)
MATHEUS MARQUES MILAGRE (Autor)
ALEXANDRE BARBOSA REIS (Orientador)
MARTA DE LANA (Orientador)
Olindo de Assis Martins-Filho (Autor)
Maykon Tavares de Oliveira (Autor)
Resumo
A Doença de Chagas (DCh) tem como agente etiológico o protozoário hemoflagelado Trypanosoma cruzi que apresenta grande diversidade genética, que por sua vez é relacionada à diversidade biológica da espécie. Os indivíduos, quando infectados por este protozoário, podem apresentar manifestações clínicas com níveis de gravidade distintos. Diversas hipóteses têm sido apontadas ao longo do tempo na tentativa de relacionar a diversidade de sintomas clínicos da DCh com a variabilidade genética de seu agente etiológico, mas até o presente momento sem sucesso. Sabendo-se dessa questão, a proposta desse projeto é analisar os parâmetros biológicos principais de quatro amostras de T. cruzi (3 TcII e 1 TcVI), isoladas de pacientes chagásicos crônicos de uma área endêmica da DCh, apresentando diferentes formas clínicas, bem como avaliar a resposta ao tratamento específico das mesmas em modelo murino. O conjunto de dados biológicos em camundongos, como PPP, PP, PMP, DPMP e curva de parasitemia foram diferentes dependendo do genótipo de cada amostra. O polimorfismo sanguíneo demonstrou predomínio de formas intermediárias e largas durante todo o período patente da infeção nas três amostras TcII. Na amostra 1337 (TcVI) foi verificada predominância de formas delgadas no início da infecção, posteriormente substituídas por formas intermediárias, seguida de formas largas. Em relação à resposta ao tratamento específico, todas as amostras avaliadas no presente estudo foram consideradas resistentes ao tratamento com Nifurtimox, exceto a amostra 501 (TcII), que apresentou cura em dois animais pós-tratamento (6,25%) na fase aguda. Como conclusão, existem diferenças discretas entre as amostras TcII e TcVI, o que pode ser entendido uma vez que parasitos TcVI podem ser resultantes de fenômenos de hibridização entre TcI e TcII; e ainda que a amostra TcVI estudada apresentou-se semelhante e geneticamente mais próxima de TcII do que de TcI que não foi estudada neste trabalho.
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