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Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Farmácia

Título
ESTUDO DO PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁFICO E DA UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS PELA POPULAÇÃO DE CONSELHEIRO LAFAIETE – MG
Autores
Priscilla Honholtz Pianco Alves (Autor)
Bruno César de Albuquerque Ugoline (Orientador)
Danielle Cristiane Correa de Paula (Orientador)
Resumo
O uso de plantas medicinais na arte de curar é uma forma de tratamento antiga, relacionada aos primórdios e fundamentada no acúmulo de informações por sucessivas gerações. A Etnofarmacologia consiste em revelar novas substâncias e princípios ativos, os quais constituem modelos para a síntese de muitos fármacos. Desta forma, este estudo buscou avaliar o uso de plantas medicinais pela população do município de Conselheiro Lafaiete-MG. As plantas medicinais descritas como as mais utilizadas foram Hortelã, Boldo, Gengibre, Camomila, Babosa e Quebra-pedra com respectivas citações de indicações terapêuticas para a gripe e tosse; distúrbios intestinais e ressaca alcoólica; problemas respiratórios; estresse e cefaleia; feridas e queimaduras; e infecções urinárias. O estudo avaliou aspectos socioeconômicos da população que faz uso de produtos vegetais no tratamento de doenças. Foi aplicado um questionário semiestruturado por método transversal descritivo realizado em outubro de 2015. Foram entrevistados 140 indivíduos adultos de todas as regiões do município, sendo 78% do sexo feminino e 32% masculino. Dentre os entrevistados, 92% relataram utilizar plantas medicinais e as espécies utilizadas foram, em geral, nativas de outros países, mas cultiváveis e comercializáveis no Brasil. Dos usuários de plantas medicinais, 83% vivem com menos de dois salários mínimos e 94% utiliza o SUS como fonte de sistema de saúde. O emprego de plantas medicinais foi relatado por 100% da população com nível básico de escolaridade; diferentemente dos entrevistados com nível superior de ensino (68,9%). Os resultados alertaram para uma perda do conhecimento popular devido aos relatos escassos do uso de espécies nativas e o consumo de plantas por indivíduos de baixa renda e escolaridade relevou a importância dessa alternativa terapêutica. Desta forma, o estudo proveu dados para a preservação da cultura medicinal local, além de direcionamento para realização de ações educativas sobre espécies nativas.
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