Publicado no Encontro de Saberes 2016
Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
Subárea: Química
Órgão de Fomento: Centro Universitário de Belo Horizonte
Título |
ADSORÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS POR CARVÃO ATIVADO DE DIFERENTES PRECURSORES |
Autores |
Raphaela Ramos Lopes (Autor) Maria Elena Walter (Orientador) Wellerson Diego Leonardo (Autor) Anne Eliza Carmo do Amparo (Autor) |
Resumo |
O carvão ativado é um composto sólido de coloração escura, granulometria fina e grande área superficial. Ele é capaz de adsorver física e quimicamente substâncias em solução muitas vezes caracterizadas como impuras. Este trabalho tem como objetivo avaliar a aplicabilidade do carvão ativado produzido a partir da borra de café, serragem proveniente de madeireira e casca de arroz como adsorventes de compostos fenólicos. Para isso, foram preparadas amostras diferentes de mesma alíquota, submetidas a tratamento térmico realizado em forno mufla e em forno microondas, e ativadas quimicamente com FeCl3. A capacidade adsortiva foi testada em soluções aquosas de azul de metileno e em soluções etanólicas de fenol. Isotermas de Langmuir e Freundlich foram traçadas para melhor entendimento do mecanismo de adsorção. A toxicidade da água tratada pelo carvão ativado foi analisada através de um estudo comparativo entre o ensaio com Artêmia salina e o teste de germinação com sementes de alface, que são acessíveis e fornecem resultados rápidos e facilmente entendíveis. Foram observadas, a mortalidade da Artêmia para as faixas de concentração aquosas, a quantidade de sementes germinadas e comprimentos da radícula e da raiz. Concluiu-se que as capacidades adsortivas desse composto dependem fortemente do material utilizado para obtê-lo, do seu método de produção e das propriedades do adsorvato. Constatou-se que a carbonização em forno micro-ondas revelou ser o método menos eficaz, ainda que a diferença observada na capacidade adsortiva não tenha sido significativa, possivelmente por se tratar de um tipo de secagem não homogênea nem gradual, impossibilitando a volatilização de compostos que interferem na adsorção e consequentemente a liberação dos poros da estrutura. As isotermas de Langmuir e Freundlich traçadas indicaram que a adsorção de azul de metileno foi favorável em todas as amostras. |