Publicado no Encontro de Saberes 2016
Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
Subárea: Química
Órgão de Fomento: Centro Universitário de Belo Horizonte
Título |
Reaproveitamento do rejeito de minério de ferro na fabricação de cerâmicas |
Autores |
Naiara Cristina de Almeida (Autor) Nayara Assumpção Duarte (Autor) Rafael Costa dos Santos Oliveira (Orientador) Alan Rodrigues Teixeira Machado (Co-Orientador) |
Resumo |
Sabe-se que a mineração é fundamental para o crescimento econômico do país, e apesar dos benefícios proporcionados, a extração dos minerais contribui efetivamente para a poluição do solo e de sistemas aquáticos por metais pesados, afetando a qualidade do meio ambiente e constituindo risco eminente de intoxicação ao ser humano. O projeto reaproveitamento de rejeito de minério de ferro na fabricação de cerâmicas tem como objetivo avaliar a aplicação dos rejeitos de minério de ferro como agregado à argila em diferentes proporções na fabricação de cerâmica vermelha. A proposta é rica em melhorias para o meio ambiente, uma vez que propõe a redução da quantidade de resíduos enviados às barragens e reaproveita o rejeito de forma eficaz e inovadora. O material de estudo foi coletado na barragem de rejeitos da mineradora Samarco, no município de Mariana-MG, em dezembro de 2015. O desempenho do estudo foi avaliado através de análises químicas e granulométricas, umidade e densidade da argila, retração linear de secagem e queima, absorção de água, densidade aparente do corpo de prova, perda ao fogo e resistência a flexão. A análise química do rejeito apresentou um considerável teor de ferro e alumínio, além de outros elementos. Os resultados dos testes comprovaram que a utilização de rejeitos na proporção de 5% e 10% juntamente com argila é tecnicamente viável, pois enriquecem as propriedades físicas e aumentam a resistência da cerâmica, além de outros benefícios. Os resultados obtidos indicam a viabilidade da continuação de estudos dessa natureza, envolvendo testes com maiores percentuais de rejeito à argila. Sugere-se ainda estudos com menor temperatura de secagem (60ºC) e maior faixa de queima dos corpos de prova afim de se conhecer o comportamento térmico dos sólidos utilizados. A composição química e mineralógica da argila é um outro fator importante para os estudos futuros, sendo possível a fabricação de cerâmicas envolvendo diferentes argilas disponíveis no mercado. |