Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Subárea: Comunicação

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto

Título
Quem é essa menina? Inventário de imagens, representações e imaginários da infância na mídia
Autores
MARIANI ALVES BARBOSA (Autor)
Karina Gomes Barbosa (Orientador)
Resumo
A pesquisa propõe analisar, crítica e sistemicamente, as representações da imagem, da personalidade e da infância de meninas em animações voltadas para o público infantil (da primeira infância). Para tal, considera-se a criança como sujeito representado e os adultos - autores de obras sobre a infância - agentes das representações. Animações também comunicam, e dessa forma o trabalho de pesquisa é necessário para repensarmos as relações de produção cultural e consumo, bem como valores transmitidos ao público infantil. Para entendermos os modelos de feminilidade explorados por produtos veiculados na TV a cabo brasileira até setembro de 2017, estudamos as 16 personagens, meninas, que são protagonistas de suas respectivas animações, a partir de um universo de quatro canais voltados para crianças de 0 a 6 anos. O instrumento de pesquisa inicial, que deu conta da primeira aproximação com o objeto, foi desenhado e aplicado a partir de um corpus de cinco a 10 episódios de cada produto, gerando dados quantitativos que sustentam a segunda fase do trabalho, qualitativa. Os dados quantitativos permitiram traçar perfis de classe, raça e feminilidade, aprofundados por análise fílmica/narratológica qualitativa. Nesse momento, tratamos de características que constituem o “ser menina” na mídia, a forma como se dá a abrangência e/ou a exclusão dessas representações, recorrências e padrões. Questionamos também, com base em um referencial teórico que atravessa os estudos de gênero, da infância e do audiovisual - se a infância, como é retratada, remete a um imaginário específico e qual lugar de fala e destaque é dado às crianças dentro dessa perspectiva, pois, embora ocupem por vezes o espaço de protagonistas e narradoras da trama ficcional, ainda lhes falta espaço para que sejam verdadeiramente representadas e entendidas como crianças. No caso das meninas, a representação é ainda mais reduzida, visto que o silenciamento, no âmbito do feminino, se revela de maneira mais enfática.
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