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Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: II Mostra da Pós-Graduação

Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Subárea: Comunicação

Órgão de Fomento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

Título
Estrella Mariannense e a reprodução da desigualdade social na primeira capital de Minas
Autores
THAINA TEIXEIRA CUNHA (Autor)
Resumo
Foi nas margens do Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo que milhares de negros e índios liderados pelo bandeirante paulista Salvador Fernandes Furtado de Mendonça encontraram ouro e fundaram a primeira vila, cidade e capital de Minas Gerais, que hoje é conhecida como Mariana. O município data sua fundação em 16 de julho de 1696 e tem sua história marcada pela riqueza mineral e por seu aspecto religioso (ANTONIL, 1982). A história do desenvolvimento dos espaços de Mariana é testemunhada e narrada pela imprensa local, que se transforma em relevante instrumento de registro das memórias de um lugar e das pessoas que o ocupam. Essa pesquisa analisa a representação de negros, no primeiro jornal da primeira capital mineira, o Estrella Mariannense. O objetivo principal desse estudo é identificar os elementos da narrativa jornalística desse periódico que refletem a imposição do silêncio aos negros e a reprodução de estereótipos e estigmas sociais. De forma específica, a ideia é atentar para a importância dos primeiros jornais na formação das sociedades; contribuir para o resgate do papel dos periódicos na trajetória do município e da história da mídia na região; examinar representações midiáticas sobre minorias na cidade, como os negros e compreender quais os mecanismos o jornal utilizava para representar essas pessoas. As edições analisadas totalizam 15 diferentes abordagens presentes não apenas nos relatos noticiosos, mas também nas atas de reuniões de Câmara, nas cartas de leitores do periódico e nos anúncios de escravos fugidos ou encontrados. As edições foram selecionadas considerando a observância da presença de manifestações de preconceito, racismo e estigmas sociais nas páginas examinadas. Após a escolha dessas publicações, foi realizado um mapeamento dos elementos da narrativa jornalística que sinalizavam para o preconceito. O processo se deu a partir de alguns exercícios de contextualização social e observação dos enquadramentos jornalísticos.
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