Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: História

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto

Título
Presídias da Ordem Terceira do Carmo de Ouro Preto: economia e territorialidade, 1744-1838
Autores
RAFHAEL FRANCIS FREITAS DA SILVA (Autor)
Francisco Eduardo de Andrade (Orientador)
Resumo
A exploração das riquezas minerais serviu não somente aos aventureiros sertanistas de toda sorte que recorreram às Minas Gerais em busca desses metais. Soma-se a este caldeirão de necessidades, desejos e esperanças, os agrupamentos sociais, mais especificamente sociorreligiosos, que entrarão em embates seculares, apesar do objetivo do sufrágio. Tal salvação se conseguiria através de uma vida casta, santa e, sobretudo, generosa. Generosa nas doações aos eclesiásticos, nos testamentos à Santa Igreja, incluindo como escoadouros das riquezas as reformas dos templos, a criação de espaços sagrados em torno das capelas, entre outros. Os grandes comerciantes, “nobres da terra” de Ouro Preto, se incluíram nesta trama social de conflitos religiosos e civis a fim de participarem do sufrágio celestial e incorporarem-se à elite local. A partir da análise desta conjutura, criou-se o projeto “Presídias da Ordem Terceira do Carmo de Ouro Preto: economia e territorialidade, 1744-1838”, cujo objetivo principal é observar a rede social, econômica e política que articulou a matriz/sede da Ordem Terceira do Carmo em Ouro Preto às suas filiais disseminadas no território de Minas Gerais - as presídias. A partir da análise dos Livros de Contas da Ordem Terceira do Carmo observamos que, durante a queda da exploração e comercialização aurífera (a partir da segunda metade do século XVIII), as presídias do Carmo mantinham a vitalidade financeira da Ordem, em Ouro Preto. Apesar da região sofrer com a decadência minerária, a elite participante desta confraria se manteve poderosa e imponente tal qual sua Matriz, sustentada pelas filiais, suas presídias.
Voltar Visualizar PDF