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Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

Subárea: Geociências

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto

Título
INVESTIGAÇÃO GEOMÉTRICA E CRISTALOGRÁFICA DE BORDAS DE QUARTZO E SUAS IMPLICAÇÕES NAS PROPRIEDADES EM QUARTZITOS FLEXÍVEIS
Autores
GABRIEL BARBOSA MEDEIROS (Autor)
Pâmela Dorabiato Barbosa (Co-Autor)
Leonardo Martins Graça (Orientador)
Resumo
Foram investigadas, a partir de sua anisotropia física, amostras de quartzito da Formação Moeda, Província Mineral do Quadrilátero Ferrífero, apresentando a incomum característica de ser flexível. Rochas com variações das propriedades mecânicas que apresentam porções flexíveis e porções totalmente rígidas são raras, podendo ser encontradas apenas no Brasil, China, Índia e nos Estados Unidos da América. A flexibilidade tem sido comumente relacionada à presença de minerais com hábito tabular que funcionam como suporte estrutural da rocha e controlam o movimento de flexão. Tais características estão diretamente relacionadas às propriedades físicas do agregado e refletem os processos deformacionais aos quais foi submetido durante sua evolução. A fim de investigar as causas desta propriedade mecânica, foram caracterizadas seções orientadas de amostras de quartzito com distintos comportamentos, flexível e rígido. Foi utilizado o microscópio óptico (MO) e o microscópio eletrônico de varredura (MEV) com o módulo Electron Backscatter Diffraction (EBSD) para obtenção dos dados cristalográficos. Os resultados mostraram diferenças nos tamanhos dos grãos e tipo de borda para os grãos de quartzo. Foram verificadas, também, diferenças na distribuição espacial da muscovita, na distribuição e porcentagem da geminação Dauphiné e na orientação cristalográfica. As bordas dos grãos de quartzo observadas na amostra rígida são lineares, enquanto na amostra flexível elas são irregulares. A amostra flexível possui 25,3% a mais de grãos de quartzo com dimensões inferiores a 10.000 µm2 do que a amostra rígida. Essa relação se inverte para grãos com área maior que 30,000 μm2. Grãos de muscovita ocorrem isoladamente na amostra rígida, ao passo que, na amostra flexível, os grãos estão continuamente distribuídos e interconectados. A textura apresentada por ambos pode refletir a operação dos mecanismos de deformação que explicariam o comportamento mecânico contrastante dos dois tipos.
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