Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: X Mostra Pró-Ativa

Área: MOSTRA PRÓ-ATIVA

Subárea: Pró-Ativa

Órgão de Fomento: MEC / Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

Título
As origens racistas da criminalização da maconha no Brasil na perspectiva dos estudos decoloniais (1830-2006)
Autores
KAIAN LUCA PERCE EUGENIO (Autor)
Resumo
Este trabalho tem como objetivos: 1- investigar a relação entre proibição da maconha e suas origens racistas como o contexto político, social, econômico e institucional brasileiro de sua emergência; 2- discutir questões levantadas nas últimas décadas do século XX e início do século XXI impulsionadas pelas contribuições dos estudos pós-coloniais para evidenciar como a discussão sobre legalização da maconha se insere neste debate ;3- compreender e descrever aspectos do pensamento na Modernidade que influenciou o lugar subalterno do negro na historiografia de forma à elucidar aspectos do racismo e sua relação com a criminalização da maconha, como dos conceitos e das linguagens que o determinam, incrustadas nas memórias sociais, políticas e econômicas do Brasil. Os estudos literários e culturais pós-coloniais e decoloniais tem como objetivos rever o lugar do cânone e da universalidade, do cosmopolitismo e da globalização e, a dimensão eurocêntrica ou ocidentalocêntrica da epistemologia do conhecimento na Modernidade. A contribuição deste trabalho para o ensino de graduação é de que algumas visões sobre as drogas construídas pela ciência e pela política contribuíram para que o tema da legalização e descriminalização da planta fossem esquecidos, soterrado e marginalizado frente à outros temas da pesquisa histórica. A relação deste trabalho com a melhoria do ensino de graduação se dá pelo fato de que a construção dos saberes na Modernidade privilegiou alguns conhecimentos em detrimento de outros, fazendo com que temáticas como a da maconha sofressem um certo tipo de preconceito epistemológico. Este trabalho seria uma forma de rever estes conhecimentos e descristalizar visões hegemônicas da historiografia, o que é significativo no que tange a pensar a pluralidade da produção historiográfia e uma história não só das elites, mas também, das classes "subalternas".
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