Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XVIII Seminário de Extensão

Área: SEMINÁRIO DE EXTENSÃO

Subárea: Educação

Título
Projeto Oficina de Letramento: leitura e escrita com moradores em situação de rua
Autores
VANESSA CRISTINA PEREIRA (Autor)
Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues Silva (Orientador)
Bianca Caldeira Araújo (Co-Autor)
Resumo
Projeto Oficina de Letramento: leitura e escrita com moradores em situação de rua O Projeto Oficina de Letramento visa proporcionar atividades de leitura e escrita a pessoas em situação de rua atendidas pelo Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS/Mariana). Dentre as políticas de acolhimento do CREAS está a preocupação com a educação dessa parcela da população como direito de cidadania. É característica da população a alta mobilidade especial, daí a importância de atividades fixas. O grupo de moradores de rua lê pequenos textos, compreende e escreve com dificuldade, são tímidos, falam pouco e a perspectiva do projeto em oficinas de letramento propõe ampliar conhecimentos e habilidades. O sentido de letramento adotado no projeto se refere à leitura ampliada, seus sentidos e significados e, tem em Mariana sua expressão maior, que é ler a cidade. O planejamento é a partir dos temas de interesse do grupo, seguidos de debates e de escritas. A metodologia inclui visitas guiadas a museus, praças, ruas e demais pontos de interesse. A oficina permite aos bolsistas consolidar saberes relacionados ao ensino e à aprendizagem da língua materna, pesquisar metodologias e recursos apropriados ao público, avaliar a apropriação do letramento e aprofundar conhecimentos na área da educação não formal. Voltar às atividades escolares tem mexido na auto-estima do grupo e na construção de si, que passa a falar mais, a se expor, a possibilidade do desejo se fixar em Mariana a fim de participar das atividades do CREAS, a desenvolver gosto pela cidade e a experimentar algum tipo de trabalho remunerado. Com isso, somos levadas a crer que o trabalho interfere na construção da auto-estima desses sujeitos, pois, começam a falar, escrever, ler e apreciar a cidade. Uma das experiências foi a vista ao ICHS/UFOP. Lá jogaram no Laboratório de Práticas Pedagógicas, leram revistas, escreverem e o comentário foi “Ninguém pode falar que não sentei no banco da Universidade”.
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