Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: II Mostra da Pós-Graduação

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Artes Cênicas

Órgão de Fomento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

Título
Cena preta: uma análise artística e política da presença negra na cena contemporânea
Autores
WINNY SILVA DA ROCHA (Autor)
Resumo
A seguinte comunicação trata da pesquisa em andamento sobre a presença do negro na cena contemporânea, especificamente, na cidade de Belo Horizonte. Para isso, com base nos estudos da Sociologia e das Artes Cênicas, analisará de modo geral a produção de teatro e performance negros realizada nos anos mais recentes na capital mineira. Destaca-se dentro da pesquisa três trabalhos do diretor e ator Alexandre de Senna, como exemplo de procedimentos estéticos desta “cena preta” e seus potenciais micro-políticos. As três cenas, a saber: Rolezinho – nome provisório (2015), Não conte comigo para proliferar Mentiras (2014) e O que não vaza é pele (2012); foram apresentadas inicialmente ao Festival Cenas Curtas do Galpão Cine Horto – evento de grande repercussão em Belo Horizonte. Nestas cenas, é explorada a presença dos corpos dos atores e não-atores negros como potência no discurso cênico dos trabalhos, contrapondo-se à constante invisibilidade desses corpos na sociedade e na cena brasileira, de modo a evidenciá-la. Também é trazido o real para o teatro por meio das mídias, a exemplo do próprio discurso televisivo colocado em questão em uma das cenas. Ainda apresentam-se de forma aprofundada questões do racismo e outras relações de opressão em sua temática. Nestes trabalhos a performance se hibridiza ao teatro dando vazão à necessidade eminente da ocupação efetiva dos artistas negros à cena contemporânea. Nesta análise, a pesquisa quer encontrar tanto nesses trabalhos elencados quanto no contexto geral da produção cênica contemporânea belo-horizontina o lugar de fala e/ou a presença protagonizada do artista negro e a influência deste protagonismo na construção da linguagem teatral.
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