Publicado no Encontro de Saberes 2017
Evento: II Mostra da Pós-Graduação
Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES
Subárea: Artes Cênicas
Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto
| Título |
| Limites e possibilidades da prática de processos colaborativos para criação em dança no contexto de uma instituição pública: estudo de caso do corpo artístico de dança do Estado de Minas Gerais, Cia de dança Palácio das Artes |
| Autores |
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LÍVIA MARA GOMES DO ESPÍRITO SANTO (Autor) Prof. Dr. Éden Peretta (Orientador) |
| Resumo |
| A pesquisa em andamento visa discutir os limites e possibilidades da prática de processos colaborativos para criação em dança no contexto de uma instituição pública. Para realização deste trabalho, estabeleci como estudo de caso a Cia de dança Palácio das Artes do Estado de Minas Gerais, com o objetivo de analisar como bailarinos e diretores vinculados à Cia compreendem suas experiências colaborativas vivenciadas nos processos de criação afim de apontar os desafios de se trabalhar com processos colaborativos no contexto institucional. Brevemente, a expressão “processo colaborativo” refere-se a processos de criação em que se busca a horizontalidade das funções artísticas e a quebra dos territórios privativos de criação. A criação é construída de forma partilhada, onde todos os envolvidos têm igual espaço propositivo. Já no contexto institucional, vertical, com papéis e funções bem demarcadas, esse formato colaborativo pode oferecer um risco às expectativas artísticas já consagradas e reconhecidas como “Arte”. A saber, comumente, cias de dança ligadas ao Estado e Município, apresentam trabalhos artísticos que correspondem às demandas dos modelos tradicionais que dialogam com os arquétipos de beleza, proporção, graciosidade e leveza dos moldes clássicos. Diante do exposto, este estudo propõe revisitar as discussões a cerca de: corpo, cruzamentos entre censura e transgressão na arte e ações artísticas como prática de resistência e transformação. Como conclusão preliminar, a prática de processos colaborativos mostra-se como possibilidade de renovar padrões sociais cristalizados e de repensar a própria instituição de arte como objeto de revisão e debate. Essa pesquisa convocou a abordagem teórico-metodológica da antropologia, sobretudo ao que tange à prática etnográfica com a utilização de entrevistas e de registros em audiovisual, e optou por um diálogo transdisciplinar entre as artes cênicas, a filosofia e a antropologia acerca dos conceitos: arte/política/instituição. |
