Publicado no Encontro de Saberes 2017
Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS DA VIDA
Subárea: Zoologia
Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto
Título |
Diversidade e Composição de Libélulas como Bioindicador da Qualidade do Habitat no Alto Rio das Velhas – Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil. |
Autores |
WALTER FRANCISCO DE AVILA JUNIOR (Autor) Frederico Augusto de Atayde Lencioni (Co-Autor) Gustavo Lisboa Vieira Machado (Co-Autor) Marco Antônio Alves Carneiro (Orientador) |
Resumo |
As libélulas compreendem um importante e diverso grupo de insetos. Elas são utilizadas como bioindicadores de qualidade ambiental, devido a sua capacidade de resposta às alterações ambientais. Até o momento são conhecidas 861 espécies de libélulas no território nacional. Este estudo tem como objetivo descrever a distribuição e a composição das espécies de libélulas da região do alto Rio das Velhas, no município de Ouro Preto. A vegetação é predominantemente formada por Floresta Estacional Semidecidual (Mata Atlântica). As coletas das libélulas foram realizadas próximas a corpos d’água em cada ponto amostral, desde abril de 2015 até Março de 2017. As libélulas foram coletadas com o auxílio de uma rede entomológica aérea no período mais quente do dia, entre às 9:00h e 16:00h. Os exemplares coletados foram acondicionados em envelopes entomológicos, identificados e depositados na coleção do Laboratório de Entomologia Ecológica da Universidade Federal de Ouro Preto. Ao longo da pesquisa foram coletados 727 indivíduos distribuídos em 42 espécies. Destas, 22 espécies são da subordem Zygoptera e 20 da Subordem Anisoptera. Entre os zygopteros as famílias mais ricas em espécies foram Coenagrionidae (13 espécies) e Megapodagrionidae (5 espécies); e entre os anisopteros as famílias mais ricas em espécies foram Libellulidae (14 espécies) e Aeshnidae (4 espécies). Entre as espécies coletadas se destacam Perilestes fragilis Hagen in Selys, 1862, que habita florestas bem preservadas, Minagrion canaanense, Santos 1967 cujo gênero é endêmico do Brasil, e quatro espécies do gênero Heteragrion, Selys (1862), entre elas uma nova espécie com a descrição já submetida. Espécies do gênero Heteragrion são considerados bioindicadores de qualidade ambiental, este gênero está sempre relacionado com ambiente sem perturbação ou ação antrópica, somada a presença de P. fragilis, demonstra que existe uma boa qualidade no ambiente de estudo entretanto a nascente ainda sofre com pressão antrópica. |