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Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Filosofia

Título
Deleuze interpretando Spinoza: a separação entre ideia (affectio) e afeto (affectus)
Autores
Alefe de Souza Almeida (Autor)
Resumo
Como objetivo deste trabalho proponho examinar e discutir a força das causas externas e a potência de agir na filosofia de Baruch Spinoza. Introduzo essa discussão a partir da interpretação de Gilles Deleuze sobre a separação dos conceitos de ideia (affectio, a força das causas externas) e afeto (affectus, a potência de agir). No presente estudo, utilizo-me da Carta de Deleuze para Réda Bensmaïa e de suas aulas sobre a filosofia de Baruch Spinoza contidas no livro Curso sobre Spinoza. A primeira aula do livro aborda o conceito de ideia e afeto e a diferença entre ambos: como primeiro gênero de conhecimento (ou ideias de afecções), a ideia tem como efeito uma variação na existência do ser, aumentando ou diminuindo a potência de agir desse ser, estabelecendo a passividade em relação aos afetos; o afeto, ao contrário, está na posição da potência de agir, como afeto ativo, onde essa variação não existe e é impedida de existir exatamente pela distinção de naturezas entre ideia e o afeto, passando dessa forma do domínio das paixões ao domínio das ações, constituindo a pergunta que importa aos filósofos: do quê um corpo é capaz? Na filosofia de Spinoza o interesse sobre conhecer a essência humana pode ser interpretado a partir desses dois conceitos que são duas espécies de modos de pensamento que diferem em sua natureza, irredutíveis um ao outro mas que se relacionam e coexistem, assim como Deleuze declara na carta mencionada.
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