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Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: II Mostra da Pós-Graduação

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Artes Cênicas

Título
O processo de criação audiovisual na obra “Res[sus]citações e outras formas de sangue” do grupo Midiactors
Autores
Danilo Marcelino (Autor)
Aline Mendes de Oliveira (Orientador)
Letícia Mendes de Oliveira (Co-Orientador)
Resumo
Desde a sua criação, em 2013, o grupo Midiactors trabalha com a análise e a prática das relações criativas produzidas a partir da manipulação de elementos mutimidiáticos, especialmente audiovisuais, e dos possíveis diálogos com conceitos ligados à noção de imagem cênica, teatro, presença e do uso de novas tecnologias aplicadas à cena. No ano de 2016, o Midiactors construiu uma experiência cênica que se aliou à computação, produção videográfica, edição de imagens e operação de videomapping (projeção mapeada). A experiência, intitulada “Res[sus]citações e outras formas de sangue”, estreou em dezembro de 2016. Na obra, o audiovisual procura criar abstrações, antecipações, propor texturas, gerar formas, volumes e traçar relações dialógicas sob o olhar do espectador. A multiplicação da imagem, provocando ecos da mesma, relaciona o ator real, presente, e sua imagem situada no passado, reflexos de sua memória. A projeção de frases sobre o corpo do ator evoca o ato da datilografia e diversos efeitos de distorção aplicados ao vivo, conforme a movimentação do ator no espaço. A forma gráfica da linguagem textual oscila entre as funções de narração, iluminação, personificação e abstração poética. Trata-se de uma integração entre corpo e vídeo, entre suas formas e dimensões espaciais, provocando um contraste entre a amplidão da imagem e o corpo em movimento. O trabalho propõe uma experiência imersiva para o espectador através de visualidades, sonoridades, texturas e ambiências que despertam uma relação sensorial com o audiovisual. Ao comentar sobre a “era dos duplos” em função do uso de imagens na cena e suas interferências nos registros de presença, PICON-VALLIN (1998) afirma que as relações entre o corpo vivo e o corpo desmaterializado são propícias para despertar o imaginário. Nesse sentido, a manipulação do audiovisual é capaz de enriquecer o arsenal cênico para alcançar essa potencialidade.
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