Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Subárea: Arquitetura e Urbanismo

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto

Título
O lugar do automóvel em sítios com interesse de preservação patrimonial: estudo de caso em Antônio Dias / Ouro Preto.
Autores
ISABELA ARAUJO SILVA (Autor)
Cláudia Maria Arcipreste (Orientador)
Tito Flávio Rodrigues de Aguiar (Co-Orientador)
Resumo
Esse trabalho é continuidade de uma pesquisa que aborda interfaces entre os modos de vida contemporâneos e as demandas patrimoniais de sítios com interesse de preservação, em especial na cidade de Ouro Preto, MG. Seu objetivo geral é elencar e compreender como as pessoas adaptam suas vidas e a própria cidade tombada de acordo com suas necessidades de mobilidade. Nesta etapa enfocam-se especificamente as calçadas, acessos de garagens e vias públicas; as intervenções externas às moradias, nas adjacências das vias públicas. O trecho investigado situa-se na porção leste do perímetro protegido pelo patrimônio em Ouro Preto, indo da Praça Tiradentes à rua Santa Efigênia, passando pelas ruas Cláudio Manoel, São Francisco de Assis, Bernardo de Vasconcelos, da Conceição. Utiliza-se como metodologia de pesquisa a observação de campo, registro fotográfico, elaboração cartográfica, além de embasamento histórico e político. A pesquisa, ainda em andamento, aponta diversos obstáculos de mobilidade em Ouro Preto. As calçadas foram classificadas em larga, média e estreita, adotando-se padrões antropométricos de conforto para cada tipo. Verifica-se que a qualidade dos passeios declina à medida que se afasta da Praça Tiradentes – o grande foco turístico da cidade. Na rua Santa Efigênia, que conduz a regiões históricas menos visadas economicamente, a situação é crítica. As calçadas são estreitas, repletas de desníveis e degraus; a maior parte das rampas de acesso às garagens invade a rua e é claramente construída sem dimensões e técnicas adequadas – sendo também resultado de escassa fiscalização dos órgãos públicos na região. Evidencia-se que a população da “Ouro Preto tombada”, como um todo, sofre para se adequar às imposições de uma legislação incompatível com os modos de vida contemporâneos: privilegia-se a cidade-cenário e sua plateia, em detrimento do bem-estar da grande maioria de seus habitantes.
Voltar Visualizar PDF