Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: II Mostra da Pós-Graduação

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Artes Cênicas

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto

Título
Luz e Criação Cênica: Inquietações de um ator-Iluminador
Autores
CRISTIANO DINIZ AGUIAR (Autor)
Resumo
Loïe Füller dança com a luz. O seu corpo em movimento, ampliado por um figurino composto por tecidos e véus de gaze brancos presos a bastões de madeira, contracena com a projeção de um jogo de luzes, vindas principalmente de baixo. Corpo e luz em movimento constroem juntos espaços flexíveis, abstrações em cor que brincam com o espaço e o tempo.( SIMÕES, 2008, pg 96). Se já no final do sec. XIX temos experimentações desse tipo, porque um século depois ainda é raro trabalhar nos cursos de formação habilidades que possibilitem aos alunos terem um trabalho como esse? Lehmann (2007) na hora de concretização do texto espetacular, traz um olhar sobre um caminho estético que chama de pós-dramático, sendo este um grande leque, focarei apenas na relação entre os elementos da cena que ao comporem a encenação, criam sentido para a mesma. Um exemplo simples é a ideia de que dentro desse pensamento a luz passa ter uma dramaturgia própria criando sentido e signos que possam compor ou contrapor a encenação durante a concretização do texto espetacular. Associando esse pensamento ao de Bernard Dort(2013), se temos uma representação emancipada, onde o texto escrito entendido como o texto dramático clássico, pode ou não ser mais o condutor do processo criativo ou possa não existir como texto escrito, se presentificando apenas na visualidade. Sendo escrito ou não, visual não, acrescento ainda o pensamento de Sarrazac(2013), que em seu artigo “A invenção da teatralidade” traz um pouco de como surge a ideia que temos hoje deste conceito, que resumidamente e focando no que pretendo explanar por aqui uma parte do texto deste autor seria: O estar-aí do teatro Do vazio da cena – e no fundo pouco importa que seja ostensivo (palco nu) ou discreto (dispositivo realista ou mesmo naturalista) – surge o corpo do ator e qualquer outra partícula de teatro – figurino, elemento de cenário, iluminação, música etc. (Sarrazac, 2013, p. 60). Para esta pesquisa, temos 15 exercícios criados com esse foco.
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