Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Fisiologia

Órgão de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

Título
Investigação de marcadores biológicos e psicológicos da solidão em humanos
Autores
CASSIA REGINA VIEIRA ARAUJO (Autor)
Gabriela Guerra Leal de Souza (Orientador)
Resumo
O estudo clínico da solidão ganhou um grande destaque nos últimos anos, e significativa ênfase foi dada aos aspectos negativos para a saúde. O objetivo do presente estudo foi investigar a relação entre a solidão e traços e estados psicológicos, considerando-se as interações do indivíduo com o ambiente. Para isso foram avaliadas as dimensões de percepção, motivação, comportamento e afeto. Além disso, investigou-se a relação entre solidão e a variabilidade da frequência cardíaca em repouso, um marcador fisiológico de saúde. . Participaram do estudo 120 estudantes da UFOP, os quais responderam aos seguintes questionários: Questionário sobre saúde e hábitos gerais, escala de solidão, escala de apoio social, escala de estado afiliativo, escala de toque social, escala de afeto positivo e negativo e questionário de auto-relato. Na sequência, eletrodos eram colocados para obtenção do eletrocardiograma. O voluntário era instruído a ficar em repouso na posição supina por 15 minutos. Foi observado que quanto maior a solidão menor o apoio social (r= -0,42), menor a expectativa de aproximação (r= -0,51), maior o medo de rejeição (r= 0,50), menor o afeto positivo (r= -0,26), maior o afeto negativo (r= 0,42) e menor o toque social (tocar: r= -0,19; ser tocado: r= -0,27). Os modelos de regressão mostraram que o apoio social (β= -0,43; p < 0,05; R2= 0,16); a expectativa de aproximação (β= -0,33; p < 0,05) e o medo de rejeição (β= 0,31; p < 0,05) (R2= 0,30); o tocar (β= 0,25; p < 0,05); o afeto positivo (β= -0,27; p < 0,05) e o afeto negativo (β= 0,43; p < 0,05) (R2= 0,22) explicaram a solidão. A solidão não se correlacionou com a VFC, desta forma, não foram feitos modelos de regressão com essa variável. O presente trabalho reuniu dados psicofisiológicos para demonstrar que a solidão pode apresentar uma função importante na defesa do indivíduo quando a relação custo-benefício da vida em grupo é demasiado alta.
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