Publicado no Encontro de Saberes 2017
Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS DA VIDA
Subárea: Bioquímica
Órgão de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
Título |
Ancestralidade genética e prevalência de fatores de risco para doença cardiovascular nas comunidades afrodescendentes de Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil |
Autores |
VALESKA NATIELY VIANNA (Autor) Aline Priscila Batista (Co-Orientador) George Luiz Lins Machado Coelho (Orientador) Erica Maria de Queiroz (Co-Autor) Ana Maria Sampaio Rocha (Co-Autor) Carolina Coimbra Marinho (Co-Autor) Cássio Zumerle Mazioli (Co-Autor) Ana Paula Lopes Paiva (Co-Autor) Maria Beatriz Pena e Silva Leite Nacife (Co-Autor) Rafael Junior de Azevedo (Co-Autor) Walfran Moraes Oliveira Peito (Co-Autor) Keila Furbino Barbosa (Co-Autor) Andrea Maria de Oliveira (Co-Autor) |
Resumo |
INTRODUÇÃO: A população de Ouro Preto teve sua formação marcada pela miscigenação. Em relação aos fatores de risco cardiovascular, sabe-se que são mais prevalentes em pessoas com maior contribuição africana no processo de miscigenação, principalmente o diabetes tipo 2, hipertensão e dislipidemia. OBJETIVO: Conhecer a composição genética e a prevalência de fatores de risco cardiovascular na população adulta afrodescendente de três distritos de Ouro Preto (MG). MATERIAS E MÉTODOS: Estudo transversal com 493 adultos residentes em Lavras Novas (LN), Chapada (CHP) e Santo Antônio do Salto (SAS). Foi feita coleta de dados sociodemográficos e comportamentais, dados antropométricos e de sangue em jejum de 12 horas. As análises bioquímicas foram feitas por método enzimático-colorimétrico e as extrações de DNA genômico feitas por Salting-out. A análise inicial dos marcadores informativos de ancestralidade (MIAs), com n=169, foi feita por eletroforese capilar e pelo Software Strutcture. As análises estatísticas foram feitas no Software SPSS versão 22. RESULTADOS: Foram avaliados 493 indivíduos, sendo 329 mulheres (66,7%) e 164 homens (33,3%). A prevalência de hipertensão foi semelhante entre as mulheres (42,9%) e os homens (41,5%). A prevalência de Diabetes tipo 2 nos distritos foi 11,5% em SAS e 8,4% em LN/CHP. Preliminarmente as análises das 169 amostras de indivíduos de LN, CHP e SAS apontam uma proporcionalidade entre a ancestralidade europeia e africana. Os dados mostram que existe nesta população aproximadamente 43% de ancestralidade africana (AFR), 47% de ancestralidade europeia (EUR) e 10% de ancestralidade ameríndia. CONCLUSÃO: Os distritos analisados apresentaram a hipertensão como principal fator de risco cardiovascular. As análises dos MIAs apontam uma proporcionalidade entre a ancestralidade EUR e AFR, não permitindo observar a prevalência de nenhuma população ancestral em particular. AGRADECIMENTO: Fapemig |