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Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Subárea: Comunicação

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto

Título
Narrativa jornalística e poesia cabralina no rastro do concreto: os dilemas da objetividade nas coberturas política e econômica no Brasil
Autores
LETHICIA BUENO BERNARDO DE OLIVEIRA (Autor)
Hila Bernardete Silva Rodrigues (Orientador)
Resumo
Esse artigo problematiza e discute a objetividade como estratégia discursiva para assegurar credibilidade a certas narrativas jornalísticas presentes nas editorias de Política e Economia dos jornais O Globo, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, e por dois influentes sítios da web que se dedicam, igualmente, aos acontecimentos nos campos político e econômico: Jornal GGN e Brasil 247. A escolha desses veículos de comunicação se deu graças ao serviço que oferecem enquanto formadores de opinião de grupos sócio-políticos polarizados: a esquerda e a direita brasileiras. O conceito de objetividade é discutido a partir dos incômodos do escritor João Cabral de Melo Neto, conhecido por sua aversão aos subjetivismos, como é possível observar no poema Morte e Vida Severina, relato da fome e miséria de um retirante nordestino. Dentre tantos literatos brasileiros, Cabral foi escolhido exatamente por aquilo que mais o caracterizava: uma escrita humanizada, porém não menos dura e concreta. Os incômodos de Cabral são confrontados a todo momento com elementos da narrativa jornalística identificados em notícias específicas sobre os episódios do “Panelaço”, veiculadas em fevereiro de 2016, uma vez que o acontecimento marcou drasticamente a polarização citada acima e, por isso, acredita-se que o recorte foi acertado. A intenção do artigo é identificar como a escrita desses veículos contribuiu (ou não) para uma polarização linguística marcante a partir do conceito de objetividade, tão caro ao Jornalismo como forma de propôr um afastamento entre o eu-lírico (no caso, o jornalista) e a temática em xeque escrita/falada por ele.
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