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Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: História

Órgão de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

Título
Usos do Passado, formas historiográficas e a construção da nação e do indivíduo: a escrita da história em Bartolomé Mitre (1857-1887).
Autores
AUGUSTO MARTINS RAMIRES (Autor)
HELENA MIRANDA MOLLO (Orientador)
Resumo
O presente projeto deteve-se sobre uma particularidade da experiência moderna de tempo no âmbito da América latina: o tempo histórico como formatador da experiência da nação. O objetivo do estudo proposto foi de analisar a articulação entre escrita da história e tempo histórico e de que forma estes se relacionam na construção da temporalidade da nação, tendo por base o levantamento semântico/conceitual na obra de Bartolomé Mitre. A evolução editorial da Obra de Bartolomé Mitre "Historia de Belgrano "; "Historia de Belgrano y de la Independencia Argentina " (1856; 1859; 1876; 1887.) é sintomática para a apreensão dos conceitos temporais. O levantamento dos conceitos na narrativa mitriana resultou na identificação de conceitos fundamentais e antitéticos, que permitiu uma melhor aproximação para analisar a construção da temporalidade, seguindo as indicações metodológicas de Javier Fernández Sebastián e João Feres Júnior. Conclui-se que, a partir da abertura semântica dos conceitos fundamentais instaurada no início do século XIX, que projeta uma dimensão moderna que gradualmente temporaliza o real, observa-se dois aprofundamentos conceituais que se instauram nas décadas de 1850 e 1870. O primeiro diz respeito a constelação conceitual que adquire sólidos contornos estabilizando uma representação temporal moderna, e ao mesmo tempo, criando condições de possibilidades que abrem aspectos de indeterminação, no qual o futuro (imprevisível) assume protagonismo na busca da formulação da nação; no segundo momento observamos um corte epistemológico, que a partir do influxo sociológico, aprofunda a dimensão conceitual da narrativa histórica criando novos contornos para projetar a temporalidade da nação, com base em uma "dimensão genealógica " do relato nacional.
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