Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Sociologia

Título
A "pixação" em São Paulo
Autores
Natalia Oliveira Santos (Autor)
Resumo
O presente trabalho tem por objetivo analisar o movimento denominado pixação*, na cidade de São Paulo, buscando a partir da observação e da pesquisa entender esse fenômeno com suas especificidades e contradições. Nossas Investigações vão no sentido de compreender tal movimento em sua totalidade e o encadeamento das mudanças pelas quais vem se estruturando a metrópole São Paulo, e principalmente as periferias e os sujeitos que a compõem, seja no cenário politico, ideológico, social e cultural, e para tanto Dialogando diretamente com autores como Teresa Caldeira, Pablo Tiaraju e Thais Pavez e seus respectivos estudos sobre as periferias de São Paulo. A pixação apresenta-se como um movimento que possui traços de autonomia e de posicionamento politico, mas que nos traz indagações e curiosidades quanto aos seus métodos e estruturação, então nossas análises buscaram apreender o problema que se cria em torno da pixação, qual é a sua relação com cidade? De que maneira está ligada com outros movimentos atuais compostos por sujeitos periféricos? É em torno dessas questões que trabalharemos nessa pesquisa. Em termos mais gerias podemos caracterizar a pixação enquanto uma forma de escrita estilizada de palavras nos espaços públicos da cidade que se referem, quase sempre, à denominação de uma grife, crew ou família, que são uma espécie de gangue, que valorizam o pixo. Trata-se de uma modalidade de aliança de grupos de pixadores, por isso não se pixa seu nome por extenso, mas o seu símbolo (pseudônimo de um pixador individual) ,ao lado da pixação principal. a pixação, acompanhada de outros movimentos da periferia visavam e reivindicavam o acesso à cidade, e mais ainda, reivindicavam a inclusão na sociedade e problematizam as barreiras segregadoras que limitam o acesso dos periféricos à urbe. Obs:1—Adotamos aqui a grafia da palavra pixação, com “x”, e não com “ch”, conforme rege a ortografia oficial, para respeitar o modo como os pixadores escrevem o termo.
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