Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Fisiologia

Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Título
O IMPACTO DE CENAS DE INTERAÇÃO SOCIAL E DE TRAÇOS INDIVIDUAIS SOBRE A VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Autores
PAULA OHANA RODRIGUES (Autor)
Gabriela Guerra Leal de Souza (Orientador)
Rafaela Freitas Mendes (Co-Autor)
Amaziles Ferreira Gonçalves (Co-Autor)
Bruna Eugênia Ferreira Mota (Co-Autor)
Cássia Regina Vieira Araujo (Co-Autor)
Resumo
A Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) consiste em oscilações dos intervalos entre batimentos cardíacos decorrentes da ação do sistema nervoso simpático e parassimpático sobre o nodo sinusal cardíaco. Maior VFC, com prevalência dos componentes parassimpáticos, está relacionada com índices de boa saúde física e mental. Foram objetivos desse estudo (i) investigar o impacto de cenas de interação social sobre os componentes da VFC (ii) verificar se os traços individuais, empatia e toque social, influenciam essa resposta. Utilizou-se amostra de 56 estudantes da UFOP, saudáveis, de ambos sexos, com idade entre 18 e 35 anos. Os voluntários leram um texto sobre interação ou isolamento social na tela do computador antes de verem 14 fotos com interação (bloco interação) ou 14 fotos sem interação social (bloco controle), respectivamente. A ordem do bloco foi randomizada. Registrou-se o eletrocardiograma (ECG) antes e após cada bloco para a extração dos componentes da VFC – RMSSD, HF e SDNN. Ao final, foram coletados traços individuais por meio de questionários de empatia e toque social. Os resultados mostraram que a VFC não foi modulada pela interação social. Entretanto, os traços individuais influenciaram a VFC após a visualização do bloco sem interação. Houve correlação positiva entre o traço Empatia Contágio e os componentes RMSSD (r: 0,38; p=,004) e HF (r: 0,38; p=,009), ou seja, aqueles mais empáticos apresentaram maior VFC. O grupo que informou estresse recente apresentou correlação positiva do Fazer (r: 0,55; p=,04) e Receber Toque Social (r: 0,59; p=,03) com SDNN após o bloco sem interação, isto é, aqueles que tocam e recebem mais toque possuem maior VFC diante situações sem interação social. Conclui-se que a modulação vagal, frente a estímulos sem ou com interação social, foi dependente da empatia e do toque social dos voluntários. Agradecimentos ao apoio financeiro dado pelo CNPQ.
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