Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Zoologia

Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Título
Efeitos do risco de predação sobre o comportamento de forrageio e rede social de catetos (Pecari tajacu)
Autores
BEATRIZ CRISTIANA DA SILVA (Autor)
Cristiano Schetini de Azevedo (Orientador)
Danusa Guedes (Co-Orientador)
Resumo
Animais que vivem em grupos sociais estáveis são previstos de terem mecanismos comportamentais para lidar com diferentes níveis de risco de predação. Tais mecanismos estão relacionados ao investimento em comportamentos cotidianos e nas interações e associações com coespecíficos. Catetos (Pecari tajacu, Tayassuidae) são animais sociais, predados normalmente por onças e cães domésticos. Como o risco de predação afeta a estrutura social do grupo nunca foi avaliada, o objetivo deste estudo foi verificar se o aumento do risco de predação altera o comportamento e a rede social de catetos. Foram estudados dois grupos (A e B), com 10 indivíduos cada, mantidos em cativeiro na Fazenda Engenho d’Água, em Ouro Preto, MG. Para a coleta de dados, utilizou-se o método scan, com registro instantâneo e intervalo amostral de cinco minutos; as sessões tiveram duração de uma hora cada. Avaliou-se os comportamentos dos animais antes, durante e após o aumento do risco de predação. O risco de predação foi manipulado com a apresentação de modelos de predadores. Testes de Friedman foram utilizados para comparar as respostas dos catetos entre as três fases e os dados de interação e associação foram gerados no programa SOCPROG e analisados com os testes de qui-quadrado e Friedman. Os resultados mostraram que os catetos do grupo A diminuíram significativamente as taxas de alimentação e aumentaram significativamente as taxas de alerta durante a fase de aumento de risco de predação. Os catetos do grupo B diminuíram significativamente o comportamento locomover e aumentaram significativamente os comportamentos sociais durante a fase de aumento de risco de predação. A taxa de interações agonísticas não mudou entre as diferentes fases de risco de predação e a taxa de interações afiliativas diminuiu entre as fases de observação. Demonstrou-se que a estrutura social de catetos não foi influenciada pelo aumento do risco de predação,embora as taxas de exibição comportamentais tenham se modificado.
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