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Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Parasitologia

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto

Título
Avaliação do tratamento com benznidazol, itraconazol e de sua associação na fase aguda da doença de Chagas experimental no modelo cão
Autores
LUCAS RESENDE DUTRA SOUSA (Autor)
Eleonora Lima Alves Cunha (Co-Orientador)
Marta de Lana (Orientador)
Fernanda Karoline Vieira da Silva Torchelsen (Co-Autor)
Maykon Tavares de Oliveira (Co-Autor)
Kátia da Silva Fonseca (Co-Autor)
Cláudia Martins Carneiro (Co-Autor)
Paula Melo Abreu Vieira (Co-Autor)
Lucas Maciel Cunha (Co-Autor)
Resumo
A doença de Chagas (DCh) é um sério problema de saúde pública na América Latina e seu tratamento é negligenciado. O benznidazol (BZ) é o único fármaco disponível no Brasil para seu tratamento, apresentando efeitos colaterais graves e baixa eficácia terapêutica em função da fase/tempo de infecção e cepa. Após os ensaios clínicos feitos no Brasil e outros países demonstrarem que os derivados azólicos de primeira geração não promoveram cura parasitológica e nem impediram a progressão da DCh em humanos, os estudos de associação de fármacos desta classe de compostos com BZ foram estimulados. Sendo o modelo cão considerado ideal para o estudo da DCh e seu tratamento, o objetivo deste estudo foi avaliar a ação terapêutica de BZ, itraconazol (ITRA) e sua associação (BZ+ITRA) em cães infectados com a cepa VL-10 Trypanosoma cruzi (resistente ao BZ) na fase aguda. Para isto, 20 cães jovens sem raça definida foram inoculados via IP com 2000 tripomastigotas sanguíneas/kg e divididos em 4 grupos: I - tratados com BZ: 7mg/kg em duas doses diárias; II - tratado com ITRA: 18 mg/kg/dia; III - tratado com BZ+ITRA nas doses de monoterapia; IV - grupo controle infectado não tratado. O tratamento iniciou no primeiro dia de parasitemia patente e durou 60 dias. Os cães foram avaliados por exame de sangue fresco, hemocultura, reação em cadeia de polimerase em eluato de sangue, sorologia (ELISA), qPCR e histopatologia em tecido cardíaco. Após 18 meses de avaliações semestrais, a atividade terapêutica foi melhor em todos os parâmetros no grupo de cães tratados com BZ+ITRA, seguidos pelos grupos tratados com ITRA ou BZ, respectivamente. De acordo com o critério de cura clássico, um cão tratado com BZ+ITRA parece estar curado, pois na última avaliação foram observados resultados negativos em testes parasitológicos e ELISA. Um cão tratado com ITRA e um tratado com BZ+ITRA apresentaram testes parasitológicos negativos em todas as avaliações, exceto em ELISA. Mais avaliações seriam necessárias.
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