Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: OUTROS

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto

Título
Análise da prevalência e dos fatores associados ao risco de infecção por L. infantum em cães de uma área endêmica de leishmaniose visceral
Autores
LUIZ LIMA (Autor)
Gleisiane Gomes de Almeida Leal (Co-Autor)
Juliana Souza Amorim (Co-Autor)
Rafael Vieira Duarte (Co-Autor)
Aimara da Costa Pinheiro (Co-Autor)
Mariângela Carneiro (Co-Autor)
Alexandre Barbosa Reis (Co-Autor)
Wendel Coura-Vital (Orientador)
Resumo
A leishmaniose visceral (LV) é uma doença negligenciada, transmitida pelo vetor Lutzomia longipalpis e causada, no Brasil, pelo protozoário Leishmania infantum, que tem o cão como seu principal reservatório doméstico. A LV encontra-se em expansão no Brasil e uma medida que pode contribuir na redução de sua incidência é a compreensão dos fatores de risco associados à infecção humana e canina. Diante disso, o presente estudo buscou identificar fatores de risco associados à infecção canina por L. infantum em uma área endêmica da doença. Um estudo transversal foi realizado no município de Governador Valadares, localizado no leste de Minas Gerais, e foi coletado sangue e informações de 5822 cães, entrevistando 3835 proprietários. Foram realizados os testes sorológicos DPP e ELISA, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde brasileiro, para detectar a infecção. A taxa de prevalência de leishmaniose visceral canina (LVC) foi de 22,0% (IC95% 21,0-23,1) e 9,2% apresentavam sinais clínicos compatíveis com a doença. A partir dos questionários, foi realizada uma análise de regressão logística para identificar os fatores de risco associados à infecção canina. Foi observado que a presença de caso(s) prévio de LVC na residência (OR: 1,3; IC95% 1,1-1,6); presença de quintal de terra ou barranco (OR: 1,4; IC95% 1,2-1,7); presença de folhas secas/frutos no quintal (OR: 1,3; IC95% 1,1-2,3); cão ter porte grande (OR: 1,8; IC95% 1,5-2,3) ou médio (OR:1,3; IC95% 1,1-1,5); cão ter pelo curto (OR: 1,8; IC95% 1,5-2,1); cão dormir em quintal (OR: 2,6; IC95% 1,8-3,6) ou na varanda (OR: 1,6; IC95% 1,1-2,3) são fatores de risco para a infecção canina. Nossos resultados mostram uma forte reemergência da LVC em Governador Valadares após a interrupção das ações de controle e reforçam o papel da educação em saúde e do manejo ambiental como medidas efetivas de controle da doença. Agradecimentos: CNPq, UFOP, FAPEMIG e Ministério da Saúde.
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