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Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Medicina

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto

Título
Análise da adesão à prescrição de antibioticoprofilaxia materna para sepse neonatal, por obstetras de um hospital de médio porte da microrregião Ouro Preto/Mariana/Itabirito - Minas Gerais
Autores
FLAVIA PADUA TAVARES (Autor)
Danilo Jorge da Silva (Co-Autor)
Fátima Lúcia Guedes Silva (Orientador)
Resumo
A infecção por Estreptococo do grupo B (EGB) é a principal causa de sepse precoce em recém-nascidos, e esta pode ser prevenida por meio de uma assistência perinatal adequada. Sabe-se que a colonização materna com o EGB nos tratos geniturinário e gastrintestinal é o principal fator de risco para a sepse neonatal precoce e a antibioticoprofilaxia com penicilina antes do trabalho de parto, em mulheres com o risco de transmissão vertical, pode prevenir essa doença. Este estudo teve o objetivo de avaliar a prevalência da realização de antibioticoprofilaxia em gestantes com fator de risco para transmissão vertical do EGB, por obstetras de um hospital da microrregião de Ouro Preto. As informações, como fatores de risco para transmissão vertical, pesquisa de EGB durante o pré natal, indicação de profilaxia e realização de profilaxia, foram coletadas pela análise do prontuário médico das gestantes que realizaram o parto no hospital da microrregião de Ouro Preto, no período de janeiro 2012 a março de 2015. O espaço amostral constituiu-se de 1313 gestantes. Os dados foram analisados pelo softwares SPSS Statistics 17.0. Para 916 casos foi possível resgatar informações sobre a realização de pesquisa para EGB, e destes, ela não foi realizada em 80,7% dos casos. Dados sobre indicação de profilaxia puderam ser recuperados para 785 gestantes e sobre a sua realização para 732. 278 grávidas apresentaram indicação de profilaxia, no entanto apenas 3,7% receberam. 507 gestantes não apresentaram indicação ao antibiótico profilático, sendo que 1 delas o recebeu de maneira errônea. 88,1% das gestantes pertencentes ao grupo de risco não foram submetidas à profilaxia para a infecção por EGB. Os resultados evidenciaram a baixa adesão pelos obstetras do hospital a antibioticoprofilaxia, mesmo após a implantação do rastreio universal no serviço. É necessário, portanto, elaborar novas estratégias para garantir que as gestantes de risco recebam a profilaxia, visto seu benefício.
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