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Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Órgão de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

Título
Análise da espécie Heterodactylus imbricatus Spix 1825 (Reptilia, Squamata, Gymnophthalmidae) ao longo de sua distribuição geográfica
Autores
ALESSIKA MOURA DE SOUSA (Autor)
Fernanda Chequer Gouveia Mol (Co-Autor)
Maria Rita Silvério Pires (Orientador)
António Jorge do Rosário Cruz (Co-Orientador)
Resumo
Heterodactylus imbricatus é uma espécie de lagarto da família Gymnophthalmidae. O corpo e a cauda são alongados e os membros locomotores, bastante reduzidos. São animais que vivem no folhiço, sobre o solo de áreas florestadas. Ocorrem nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, ocupando áreas de altitudes elevadas nos domínios da Mata Atlântica, bem como em floresta de galeria em áreas de Cerrado. Essa espécie é considerada pouco preocupante quanto ao perigo de extinção segundo a IUCN, embora alguns autores defendam sua inclusão na lista de espécies provavelmente ameaçadas de Minas Gerais. Assim, por meio da análise de material disponível em quatro coleções zoológicas mineiras (UFOP, UNIFAL, Viçosa e PUC-Minas), o presente estudo teve por objetivo comparar a morfologia externa e os padrões de coloração entre espécimes de H. imbricatus buscando responder as seguintes questões. Existem variações morfológicas entre as diferentes populações de H. imbricatus? Se ocorrem variações, como estas se encontram distribuídas geograficamente? Essa espécie pode ser considerada restrita a áreas de elevada altitude no bioma da Mata Atlântica? Em quais regiões essa espécie teria maior probabilidade de ocorrência? A espécie apresenta dimorfismo sexual? foram reunidos 64 exemplares pertencentes a 21 localidades em Minas Gerais. Os exemplares foram analisados separadamente conforme a localização, como pertencentes ao grupo Quadrilátero Ferrífero e grupo Alfenas. Além da presença de poros femorais nos machos, foi detectado dimorfismo sexual com relação às variáveis morfométricas, sendo as fêmeas menores do que os machos. Quanto ao comprimento entre os membros e ao comprimento da cabeça, foram encontradas diferenças regionais entre as populações do QF e do grupo Alfenas. Essas diferenças indicam que a distância entre essas populações pode ser suficiente para que não ocorra fluxo gênico entre populações.
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