Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Parasitologia

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto

Título
Lesões no trato gastrointestinal de camundongos infectados experimentalmente pelo Trypanosoma cruzi por via oral
Autores
WANESSA SERRA PESSOA (Autor)
Claudia Martins Carneiro (Co-Orientador)
Paula Melo de Abreu Vieira (Orientador)
Levi Eduardo Soares Reis (Co-Autor)
Kátia da Silva Fonseca (Co-Autor)
08942433650 (Co-Autor)
Lívia Mendes Carvalho (Co-Autor)
Resumo
A Amazônia brasileira é considerada a região de maior incidência da transmissão por via oral da doença de Chagas, concentrando mais da metade dos casos agudos da doença relatados nos últimos 40 anos. O trato gastrointestinal é a porta de entrada para o parasito por essa via de infecção, no entanto, pouco se sabe sobre o envolvimento desses órgãos e do perfil parasitológico e imunopatológico frente à via oral. Tendo em vista isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações histopatológicas no trato gastrointestinal de camundongos infectados pela via oral com a cepa Berenice-78 do T. cruzi nas fases aguda e crônica. Para isso, 72 camundongos Swiss foram distribuídos em três grupos experimentais: controle não infectado; infectados por via intraperitoneal ou infectados por via oral. Esses animais foram inoculados com 1x105 formas tripomastigotas metacíclicas provenientes de culturas acelulares por gavagem incompleta (VO) ou por via intraperitoneal (VIP). Quatro animais de cada grupo foram eutanasiados nos dias 14, 21, 28, 35, 42 e 180 após a infecção (DAI), sendo coletados fragmentos do estômago, duodeno e cólon. Foi observado um aumento do infiltrado inflamatório no estômago no 28º dia após infecção em ambos os grupos infectados. No duodeno o processo inflamatório se iniciou precocemente com relação a VIP e continuou elevado até 28º dia após a infecção e depois tais valores se restabeleceram. Já no cólon esse aumento só ocorreu no grupo VO, no 28º dia após a infecção, o que não ocorreu na via intraperitoneal. Com relação a neoformação de colágeno, o estômago apresentou formação de tecido conjuntivo no 42º dia, já duodeno e cólon não apresentaram formações significativas. Este trabalho demonstrou que a infecção oral é capaz de desencadear um distinto perfil patológico em comparação com a via intraperitoneal, sugerindo que a via de inoculação interfere no comportamento do parasito.
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