Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Ecologia

Órgão de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

Título
Demografia e arquitetura dos ninhos de Trachymyrmex holmgreni Wheeler 1925.
Autores
ANA CAROLINE COELHO CORREA DOS REIS (Autor)
MAYKON PASSOS CRISTIANO (Orientador)
DANON CLEMES CARDOSO (Co-Orientador)
TÁSSIA TATIANE PONTES PEREIRA (Co-Autor)
Resumo
Eussocialidade é o mais alto grau de organização de uma sociedade. Todas as espécies de formigas apresentam este nível de organização social. A sobrevivência individual dos membros da colônia depende diretamente da interação entre os indivíduos. Esta estreita relação de uma colônia de insetos eussociais deve ser entendida como um superorganismo. Por dependerem obrigatoriamente do cultivo de fungo para a sobrevivência e este depender de condições ideais de temperatura e umidade para o crescimento, as formigas cultivadoras de fungo devem apresentar uma arquitetura do ninho e tamanho da colônia que garantem a sobrevivência dos seus cultivares. Além disso, o estudo dessas características possibilitam uma maior compreensão da história evolutiva desse grupo. Por ser considerado um gênero intermédio no grupo das formigas cultivadoras de fungo, Trachymyrmex é um táxon chave para entendimento dos passos evolutivos desse grupo os quais possibilitaram sair de uma arquitetura de ninho simples e colônias com poucos indivíduos para uma arquitetura altamente sofisticada e com milhares de indivíduos. Neste estudo, realizamos a descrição da arquitetura e da demografia em 50 ninhos de Trachymyrmex holmgreni distribuídos em três populações no ecossistema de Restinga ao longo do litoral sul brasileiro. Os resultados mostraram que a arquitetura e demografia dos ninhos variaram em função da sazonalidade. O número de câmaras variou entre as estações estudadas, em que, no outono predominou ninhos com 3 câmaras e na primavera ninhos com 5. Em relação a demografia das colônias, o número médio de operárias foi 389. No outono a menor colônia apresentou 151 operárias e a maior 888, já na primavera, a menor apresentou 107 e maior 629 operárias, mas a maior variação foi na composição de castas entre as estações. Com esses resultados da arquitetura e demografia, corroboramos a posição intermediária dessa espécie em relação às formigas cultivadoras de fungo não cortadeira e cortadeiras.
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