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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: História

Título
A ESCRITA AUTOBIOGRÁFICA COMO UM MEMORIAL: OS ESCRITOS DE D. LUCIANO MENDES DE ALMEIDA, ARCEBISPO DE MARIANA (1998-2006)
Autores
Mariana Lage de Araujo (Autor)
Virginia Albuquerque de Castro Buarque (Orientador)
Resumo
Este projeto apresenta-se como etapa conclusiva da pesquisa PIP desenvolvida entre 2013-2014, intitulada "A escrita autobiográfica como um memorial: Os escritos de D. Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana (1988-1997)" e da pesquisa PIBIC desenvolvida entre 2012-2013, intitulada “Os escritos de D. Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana (1988-1993)”. Em termos teóricos, manteve-se a inclusão do conceito de memorial, sistematizado pela teóloga canadense Anne Fortin: segundo ela, um “memorial” consiste numa sistematização da experiência vivida, com base em dois elementos cruciais: por um lado, comporta dimensões críticas e inventivas, não se reduzindo a uma lembrança pautada em sentidos pré-estabelecidos; de forma simultânea, ele entrecruza diversas temporalidades, pois, sem privilegiar somente o passado, atenta também à ressonância do já ocorrido no aqui-e-agora, em função de uma expectativa de futuro. Ao empregar-se tal concepção de “memorial” na leitura dos escritos autobiográficos de D. Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana, estado de Minas Gerais, falecido em 2006, verifica-se, inicialmente, que este eclesiástico empreendia, através dessas narrativas, uma profunda identificação de si com a figura de Jesus. Este projeto, portanto, dá continuidade aos objetivos elencados nas pesquisas anteriores: por um lado, sistematizar a documentação escrita/recebida por D. Luciano Mendes de Almeida, destacadamente de cunho (auto)biográfico, produzindo um catálogo, que viabilize a consulta pública das fontes por demais pesquisadores; simultaneamente e, principalmente, interpretar alguns dos relatos pelos quais D. Luciano compreendeu e encadeou diferentes episódios de sua biografia sob a concepção de “memorial”, entendendo-a como uma atualização (sempre lacunar e limitada) da figura de Jesus Cristo.
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