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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Subárea: Administração

Título
A FALÁCIA DA INCLUSÃO: INDÚSTRIA CULTURAL E O NEGRO NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS
Autores
JESSICA DYNE SANTOS CIPRIANO (Autor)
CAROLINA MACHADO SARAIVA DE ALBUQUERQUE MARANHÃO (Orientador)
ANTONIO CARLOS MIRANDA (Colaborador)
Roberto Kaehler de Albuquerque Maranhão (Co-Autor)
Resumo
Desde a aprovação da lei 12.711 denominada “Lei de Cotas”, diversas discussões versam sobre a efetividade em cumprir com os objetivos determinados para implantação de ações afirmativas como ferramenta de democratização do ensino superior e de mecanismo propulsor da equidade de acesso a bens e serviços por classes historicamente menos favorecidas. Visando fomentar o debate envolvendo as relações raciais no ambiente universitário e analisando a problemática do negro nas universidades versus a predominância do individuo branco neste meio, coloca-se neste estudo a atuação da academia enquanto organização social, ou seja, é pertinente a seu funcionamento natural o conflito e manutenção de opiniões, valores, princípios, idiossincrasias e estruturas presentes em outras organizações e na sociedade. A análise da efetividade da lei concentrou-se nos dados de acesso ao ensino superior, uma vez que os dados de inclusão - por exemplo, um real aumento da massa salarial - ainda não estão disponíveis devido ao tempo necessário para que esses eventos ocorram. . No ano de 2013, primeiro após aprovação da lei,o levantamento do INEP retratou um panorama geral do perfil dos discentes que utilizaram da lei de cotas para ingresso no ensino superior,em níveis percentuais, o grupo que mais aderiu é daqueles que se autodeclaram pretos com 29,02%, seguido por 13,67% dos pardos, 8,33% dos indígenas, 5,40% daqueles intitulados como outros pela opção de não autodeclaração ou por ausência de informação cadastral, 2,40% dos brancos e 1,99% dos amarelos. Do total de discentes, 5,47% optaram por alguma política afirmativa de reserva de vagas, compõe esse grupo alguns dos 800.114 mil calouros do curso de Administração no mesmo ano. Ainda que inicial, este estudo contribui para o debate sobre o tema e mostra que por mais que se tenham alcançado as metas administrativas, com o aumento do número de beneficiários nos IFES é permanente a necessidade de constante aprimoramento de tal ferramenta.
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