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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: História

Título
EADEM, SED ALITER: A FILOSOFIA DA HISTÓRIA DE SCHOPENHAUER
Autores
RODRIGO YURI GOMES TEIXEIRA (Autor)
ROMERO ALVES FREITAS (Orientador)
Resumo
A intenção dessa pesquisa foi identificar na obra do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788 - 1860) sua filosofia da história e investigar a possibilidade de uma historiografia que seja compatível com ela. Procuramos esta filosofia da história principalmente em sua obra "O mundo como Vontade e Representação", pela importância que este trabalho assume na totalidade da obra de Schopenhauer. A orientação metodológica do trabalho resumiu-se à leitura crítica dos textos de Schopenhauer. Em Schopenhauer a história pode ser entendida ora como conhecimento do mundo como representação, ora como conhecimento do mundo como Vontade. Enquanto conhecimento do mundo fenomênico da representação, a história não pode ser considerada uma ciência, já que não pode deduzir o particular a partir do geral. Já enquanto conhecimento da Vontade, o historiador pode dar a conhecer a Ideia de humanidade na medida em que compreende a história poeticamente. No entanto nesta tarefa a história é sempre superada pela poesia. Em Schopenhauer a história está localizada, portanto, em algum lugar entre a ciência e a arte, sem pertencer definitivamente a nenhum delas. Perceberemos a importância que Schopenhauer atribui à distinção entre fenômeno e coisa-em-si. Justamente essa distinção levará o filósofo a formular uma de suas principais teses sobre a história: a de que nada de realmente novo acontece no tempo, e que portanto o lema da história deveria ser eadem, sed aliter – o mesmo, mas diferente. Mas veremos que é justamente essa característica da história que confere a ela a possibilidade de oferecer-se ora como conhecimento da humanidade, ora como conhecimento moral do sofrimento alheio.
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