Publicado no Encontro de Saberes 2015
Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
Subárea: Comunicação
| Título |
| As narrativas jornalísticas produzidas durante a ditadura militar em Mariana |
| Autores |
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SILVIA CRISTINA SILVADO (Autor) MARTA REGINA MAIA (Orientador) |
| Resumo |
| A pesquisa, em andamento, analisa as narrativas jornalísticas produzidas durante o período da ditadura militar brasileira (1964-1985) na cidade de Mariana-MG. Como objeto de estudo foi escolhido o jornal “O Arquidiocesano”, que circulou entre 1959 a 1993 por aproximadamente 72 cidades da jurisdição da Arquidiocese de Mariana, criado pelo arcebispo Dom Oscar de Oliveira, importante ator na configuração do periódico, sendo seu editor-chefe até o ano de 1988, quando foi substituído por Dom Luciano de Almeida. Além dos assuntos religiosos, “O Arquidiocesano” abordava outros assuntos, como política e economia nacional, regional e mundial. A metodologia utilizada para o presente artigo é a Análise de Conteúdo, sendo analisadas as publicações do ano de 1964 em específico, quando o golpe foi deflagrado. O objetivo é perceber como a publicação lidou com os assuntos relacionados ao golpe, observando o seu enquadramento, sendo essa uma forma de possibilitar a identificação de determinados contextos e personagens apresentados pelos textos. Nessa perspectiva, o jornal apresenta um discurso anticomunista como uma forte marca de sua linha editorial, sendo o comunismo retratado sempre como um perigo à Igreja, que teria a obrigação de lutar contra esse “mal”, além de demonstrar claro apoio ao movimento golpista, como pode ser exemplificado pelo trecho de matéria publicada no dia 17 de maio de 1964 sob o título “Redemocratização”: “Aqueles que pensaram que o Brasil seria uma segunda Cuba das Américas, aqueles que deram as mãos aos comunistas na suposição de que a bolchevização era imperativo histórico, esses despencaram do alto da sua arrogância”. (O Arquidiocesano nº 244, dia 17 de março de 1964, p. 3). Outros trechos, que não cabe a publicação aqui, confirmam o apoio ao golpe civil-militar, antes e durante a sua instauração. |
