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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: História

Título
O Rosário do Alto da Cruz de Vila Rica: instituição civil-religiosa e práticas sociais de libertos e de africanos.
Autores
AYELEN MARTINEZ GIACCHI (Autor)
FRANCISCO EDUARDO DE ANDRADE (Orientador)
Resumo
Dentro de um contexto de estratificação social, as Irmandades religiosas se tornaram locais de associação entre negros e mestiços, e a Irmandade do Rosário, dentre as associações de pretos foi a que mais se destacou. Representada pela mãe do Salvador, recebeu proteção e privilégios de reis e pontífices lusitanos. No Brasil, ela passou a representar quase exclusivamente aos negros, restringindo-se com isso as associações de brancos dessa invocação. Tendo como problemática geral a relação entre a espacialização urbana e as comunidades negras e mestiças representadas nas irmandades do Rosário de Vila Rica, procura-se investigar o papel destas na constituição de comunidades com representação civil, num cenário da mais estrita disciplina social e de enquadramento governamental. Em Vila Rica, a Irmandade do Rosário do Alto da Cruz, encontrada na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias teve grande importância. Considerada como a maior Irmandade negra do Rosário de Vila Rica, é essencial para entender a configuração urbana das irmandades do Rosário nessa região, além de ser considerada a mais prestigiosa, detendo um grande poder de agregação. Portanto, pretende-se fazer um estudo vertical com o objetivo de construir uma monografia dessa irmandade, e com isso melhor enxergar a sua atuação no termo de Vila Rica durante o século XVIII. Compreender, através dos documentos presentes, toda a trama de disputas entre a irmandade e seu espaço em volta, analisando conflitos (como o conflito envolvendo a irmandade do Rosário do Alto da Cruz e a irmandade de crioulos e libertos de Nossa Senhora das Mercês e Perdões), composição social de seus irmãos (etnia, cor, local de moradia), como também levantar hipóteses e propor interpretações relacionadas ao templo/capela da irmandade, visando seu programa pictórico, que se apresenta no forro da capela-mor e no forro da nave. E assim melhor entender a proteção de direitos dos negros, cativos ou libertos, através das irmandades.
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