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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Medicina

Título
ESTUDO TRANSVERSAL DAS VÍTIMAS DE HOMICÍDIO POR AÇÃO CONTUNDENTE NECROPSIADAS NO INSTITUTO MÉDICO LEGAL DE BELO HORIZONTE NO PERÍODO ENTRE 2008 E 2012
Autores
Mariana Isadora Ribeiro Vieira (Autor)
Leonardo Santos Bordoni (Orientador)
Resumo
Um dos mecanismos envolvidos na execução dos homicídios é a ação contundente, cujo instrumento envolvido na geração do trauma causa lesão a partir de forças de pressão e de deslizamento entre a superfície do objeto e o corpo da vítima. A fim de conhecer as qualidades dos homicídios contundentes e de suas vítimas, numa tentativa de incitar a criação de estratégias para o problema, analisou-se um banco de dados relativo a homicídios por ação contundente necropsiados no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte, ocorridos entre 2008 e 2011. Buscou-se estimar o percentual de vítimas envolvidas e descrever o perfil desses indivíduos a partir de variáveis como sexo, idade, cor, estado civil, vestes, sinais particulares e causa da morte. Posteriormente, os dados obtidos foram comparados com estudos internacionais semelhantes. A amostra analisada continha 486 indivíduos, todos vítimas de homicídios por ação contundente e/ou suas variações, como perfuro-contundente e corto-contundente. A prevalência de homicídios por ano de estudo revelou: 2008- 10,49%; 2009- 20,78%; 2010- 23,25%; 2011- 24,90%. Maior incidência de homicídios foi vista no sexo masculino (85,59%), na faixa etária de 21-40 anos (81,06%) e nos feodermos (67,25%). No quesito estado civil, houve uma prevalência do status “solteiro”, o qual representou 68,72% dos casos. A vestimenta usada pela vítima era principalmente do tipo esporte (51,44%). Com relação à causa da morte, o trauma crânio-encefálico predominou, assumindo 78,18% dos casos. O perfil das vítimas de homicídios por ação contundente registradas no IML de Belo Horizonte, entre 2008 e 2011, mostrou-se bastante semelhante à realidade das vítimas desse tipo de homicídio em estudos internacionais, realizados em países como a Índia, que possuem uma estrutura social semelhante à brasileira. Por essa razão, sugere-se que questões estruturais econômicas e educacionais estão interligadas ao contexto de violência urbana.
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