Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Sociologia

Título
Assentamento Reunidas: Problematização acerca da sucessão geracional dos lotes
Autores
beatriz angelo de moraes (Autor)
Resumo
Este relatório crítico e descritivo, elaborado à partir da nossa pesquisa de campo realizada no Assentamento Reunidas na cidade de Promissão/SP dialogará com informações colhidas sobre a sucessão geracional e êxodo rural. A problemática que aborda a sucessão dos lotes tem como enfoque principal, as relações sociais entre os indivíduos que o compõem. Logo, o trabalho possui dois enfoques principais para trabalhar a questão no assentamento, na agrovila Campinas, que tivemos maior contato etnográfico devido ao trabalho de campo. O primeiro busca relatar aqueles que por motivos externos (estudo, emprego) deixam o local e migram para as cidades,o segundo são aqueles moradores que decidem permanecer, dando continuidade ao ciclo dos assentados. Em relação ao êxodo rural, tendo aqui em vista as dificuldades de permanência e falta de efetividade dos investimentos públicos, o pequeno produtor se vê desanimado diante de problemas que tem de enfrentar sem receber os subsídios necessários. Isso faz com que estes moradores da zona rural, e no caso da Agrovila Campinas os moradores jovens em sua maioria, migrem para a cidade. E esse processo migratório tende a ser temporário ou definitivo. Os camponeses, vistos pela indústria e pelo mercado como mão de obra barata, realizam o êxodo rural para vender suas próprias forças de trabalho. Assim, deixam a terra que cresceram para algum familiar, cria-se então uma sucessão geracional das terras. Com essa intensificação, do êxodo rural, os camponeses se veem presos a uma lógica de mercado capitalista na qual faz com que a característica ontológica do trabalho se desfaça restando apenas um devastador estranhamento do homem consigo mesmo, com seus instrumentos e até mesmo com seus iguais. O governo e suas instituições criam politicas públicas para que a reforma agrária seja efetivada, mas sabemos que a democratização do acesso a terra necessita percorrer caminhos árduos para que o trabalhador rural se aproprie do que lhe é de direito.
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