Publicado no Encontro de Saberes 2015
Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS DA VIDA
Subárea: Medicina
| Título |
| AVALIAÇÃO DOS NÚCLEOS ENCEFÁLICOS NA RESPOSTA AO ESTRESSE EMOCIONAL EM RATAS SUBMETIDAS A RESTRIÇÃO ALIMENTAR |
| Autores |
|
HENRIQUE MARTINS ARANDA CALDEIRA (Autor) DEOCLECIO ALVES CHIANCA JUNIOR (Orientador) |
| Resumo |
| A anorexia nervosa é um transtorno psiquiátrico que se manifesta por um consumo alimentar insuficiente e autoimposto. Além de uma exacerbada preocupação com a forma física e distorção da imagem corporal, esse distúrbio apresenta sérias alterações metabólicas como fatores agravantes. Essa exposição crônica a estímulos estressantes é fator importante para o surgimento de doenças do sistema cardiovascular, principal causa de óbito entre pessoas que sofrem do distúrbio. Estudos preliminares de nosso laboratório sugerem que ratas submetidas à restrição alimentar apresentam um comportamento do tipo ansiedade, sendo essa sabidamente predisposta pelo estresse crônico. Desta maneira, vislumbramos a importância de se avaliar a influência da restrição alimentar crônica sobre as respostas cardiovasculares fisiológicas ao estresse. O modelo de restrição alimentar escolhido para simular a condição se baseou na redução de 60% da ingestão alimentar padrão. A restrição dietética foi mantida por 14 dias, e ao fim deste período, os grupos controle (n=4) e restrição (n=4) foram submetidos a canulação da artéria femoral para avaliação da pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC). O protocolo experimental, realizado 48h após a canulação, consistiu em um registro de 30 min de período basal, seguidos de 15 min de estresse e 15 min de recuperação (periodo pós-estresse). O estresse foi realizado por um jato de ar de 10 l/min. Após os 14 dias de restrição alimentar, observamos uma diminuição no peso corporal e uma interferência nos ciclos estrais das ratas, sendo esta última a causa do desaparecimento do período fértil destes animais. Porém, os parâmetros de PAM e FC não apresentaram diferenças significativas entre os diferentes grupos: antes, durante e após o período de estresse. Nossos resultados sugerem que o modelo de restrição alimentar imposto por 14 dias não foi eficiente em alterar os parâmetros cardiovasculares em situações de repouso e em resposta ao estresse. |
