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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: História

Título
CULTURA HISTÓRICA EM REVISTA: VENDO O PASSADO NA ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA (1935-1945)
Autores
ANA TERESA BARROSO DE SOUSA (Autor)
MARCELO SANTOS DE ABREU (Orientador)
Resumo
O gênero biográfico se tornou parte central da escrita da história brasileira desde o século XIX. Segundo Maria da Glória de Oliveira (2010), a escrita biográfica não foi exclusividade dos fundadores, sendo praticada por gerações subsequentes no IHGB. Além disso, a biografia de homens ilustres ligava-se à “nacionalização da figura do herói”. A exemplaridade combinava-se com a busca da verdade histórica, e o panteão assim formado era constituído pelo homem comum letrado e servidor do Estado. Homens cujas ações perpetuaram-se no tempo. Neste sentido, nossa pesquisa desenvolvida a partir da análise de uma parte das publicações referentes a 3ª fase da Revista Illustração Brasileira (período compreendido entre 1935 e 1945), evidenciou que o gênero biográfico ultrapassou as fronteiras do IHGB e dos demais institutos, alcançando a imprensa ilustrada já década de 1930. A partir do banco de dados construído, verificamos que 108 matérias deste periódico, característico por sua variedade de temas e pelas publicações sempre ilustradas, tratam de “Personagens Históricos”. Pensada para o publico adulto e mais intelectualizado, a revista possuía ainda, uma importante marca que consistia na possibilidade que o leitor tinha em perceber a proximidade e a simultaneidade dos tempos ali tratados. Ademais, a produção de passado da revista também estava ligada a percepção do movimento da passagem do tempo. Assim, a finalidade de uma moral de caráter exemplar prevalece na escrita dessa história presente na publicação, e sobretudo, aponta também para o intento de criação de um saber próprio sobre a história nacional, embasado no cientificismo e na mentalidade do século XX. Nessa linha de pensamento, somente assim seria possível garantir a legitimidade e o poder e, ao mesmo, realizar a modernização do país. Através das imagens, a revista afirmava o pertencimento á Nação, dando sentido ao projeto editorial cívico-pedagógico.
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