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Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Filosofia

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto

Título
A concepção kantiana do jogo livre entre a Imaginação e o Entendimento.
Autores
NILSON DE BARROS LIMA JUNIOR (Autor)
HELIO LOPES DA SILVA (DEFIL) (Orientador)
Resumo
Esta pesquisa pretende analisar e avaliar a concepção formulada por Immanuel Kant na “Crítica da Faculdade de Julgar”, do jogo livre entre as faculdades da Imaginação e do Entendimento. Em particular, trata-se de investigar uma possível incompatibilidade entre esta concepção e a principal tese defendida pelo mesmo Kant na “Dedução Transcendental das Categorias”, tal como exposta por ele em sua primeira “Crítica”, a “Crítica da Razão Pura”. Esta implicação da concepção da harmonia das faculdades, a saber, a suposta capacidade da imaginação de produzir, livre de qualquer coerção imposta pelos conceitos que têm origem nas faculdades intelectuais, a unidade sintética do múltiplo da intuição que constitui o objeto (Gegenstand) percebido, poderia ser admitida por qualquer um, menos pelo autor da “Dedução das Categorias”. Diante disto, como poderia Kant sugerir que em seu jogo livre e harmonioso com as faculdades intelectuais, a faculdade sensível da imaginação não só apreende “sem conceito” um objeto já presente na intuição, mas é também capaz de, em sua atividade de síntese por meio da qual o objeto intuído será gerado, conduzir livremente a si mesma, isto é, ou não cumprindo a regra alguma, ou obedecendo somente as suas próprias regras? Portanto, esta pesquisa pretende investigar a medida em que, para Kant, a faculdade da Imaginação é livre, é “livre” no sentido kantiano do termo, a saber, é “autônoma”, é capaz, ao menos na experiência estética, de legislar-se a si mesma, e pode ser concebida como obedecendo apenas às regras que ela mesma formula. E, para tal, esta pesquisa propõe-se a resolver o aparente conflito que há entre esta liberdade da Imaginação na experiência estética e a, anteriormente admitida por Kant em sua primeira “Crítica”, submissão desta faculdade aos conceitos do Entendimento na experiência cognitiva. Esta pesquisa estar em andamento há 9 meses, a mesma se encontra em desenvolvimento, por isso, resultados e conclusões ainda estão sendo definidos.
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