Publicado no Encontro de Saberes 2016
Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS DA VIDA
Subárea: Medicina
Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto
| Título |
| O Suicídio na Sociedade Ocidental: Conceito, História e Documentação. |
| Autores |
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MANAINY AVEZANI MIRANDA CARRILHO (Autor) FRANCISCO DE ASSIS MOURA (EMED) (Orientador) |
| Resumo |
| O objetivo desta pesquisa é discutir o conceito de suicídio segundo Émile Durkheim. Sua abordagem sociológica do assunto remete o leitor a compreensão parcial do fenômeno, buscando convencer o leitor do caráter essencialmente social e do poder da sociedade no ato suicida, em contrapartida do caráter natural do ser, como a raça e a hereditariedade. Nessa questão, Durkheim releva que os principais dados sobre isso são feitos por alienistas. Assim, o autor argumenta que pode confundir com esse viés: será o suicídio em si hereditário, ou será a alienação mental? Nesse caso, o potencial influenciador do ato na família é alto, podendo contaminá-la e exercer poder social para que o indivíduo suscetível se sinta predestinado a sucumbir de si mesmo como o parente. Assim, observam-se casos de família em que idade, época, instrumento e forma de suicídio é repetida. Logo, isso se espalha como uma doença social contagiosa. Segundo os dados citados por Durkheim, o suicídio em crianças é maior nas grandes cidades. Isso, segundo o autor, justifica-se, já que a vida social nas grandes cidades ocorre mais precocemente que no campo. Outro ponto é a velhice ser apogeu do ato suicida, como consequência da ação progressiva da vida social, ou seja, ocorre quando estamos mais plenamente comprometidos com o meio. Em relação às religiões, o catolicismo e o judaísmo são fatores protetores, pois, segundo o autor, estas possuem coerção, união e identidade social. Nessa questão, as populações mais bem instruídas são também as que mais possuem tendências suicidas. Assim, superficialmente, Emile diz que a mulher se suicida menos que o homem, por ser menos instruída que ele. Isso negligencia as condições femininas nos processos sociais. Porém, não se pode esquecer do contexto do autor, como interferência em suas conclusões. Portanto, Durkheim pode ajudar a investigar o suicídio, porém, deve-se analisá-lo com olhar crítico e sensível ao seu contexto social, histórico e pessoal. |
