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Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: História

Órgão de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

Título
A construção autônoma da disciplina escolar História do Brasil no Colégio Pedro II (1840-1880) (Continuação)
Autores
DANIEL JONI MENDES NUNES DA CUNHA (Autor)
MARCELO DE MELLO RANGEL (DEHIS) (Orientador)
Resumo
Na presente comunicação, iremos tematizar o que foi desenvolvido durante à nossa pesquisa em torno dos manuais de História do Brasil de Bellegarde e de Abreu e Lima, ambos adotados no Colégio Pedro II entre 1840-1861, nos atentando, especialmente, aos conteúdos: escravidão, índio, negro, colonização, portugueses/Portugal e jesuítas, e isto com o fim de compreender e evidenciar interpretações específicas acerca da História do Brasil. Nossa hipótese fundamental é a de que neste momento pós-Independência, profundamente “acelerado”, de acordo com Koselleck, houve uma mobilização no que tange ao esforço de constituir uma identidade brasileira, e de, por conseguinte, reestabilizar esta “experiência do tempo”, a partir de uma crítica significativa da colonização portuguesa, o que chamamos de alargamento da “distância histórica”. Também iniciaremos a investigação da recepção destes manuais no interior do mercado editorial e no IHGB, a partir dos seguintes periódicos: Revista Guanabara, Minerva Brasiliense, Aurora Fluminense e Revista do IHGB. Nossa hipótese fundamental neste segundo momento é a de que a despeito da crítica de Varnhagen e da instituição erudita de referência à época, o IHGB, o mercado editorial contribui significativamente para a repercussão positiva dos manuais didáticos em questão, e, por desdobramento, de suas interpretações acerca da História do Brasil, o que significa uma proposta distinta do que a história da historiografia tradicional evidencia, a saber, a preponderância da interpretação acerca da História do Brasil que teria sido constituída por Varnhagen em sua História Geral do Brasil, de 1854.
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