Publicado no Encontro de Saberes 2016
Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS DA VIDA
Subárea: Botânica
Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto
| Título |
| Estudo fitoquímico e atividade antiproliferativa de espécies de plantas da família Asteraceae da região de Ouro Preto-MG. |
| Autores |
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ANA CLAUDIA NOGUEIRA DA SILVA (Autor) ANDREA MENDES DO NASCIMENTO (DEQUI) (Orientador) |
| Resumo |
| O câncer é uma das principais causas de morte e os números de casos estão aumentando em todo o globo. A história dos medicamentos anticâncer está relacionada aos produtos naturais, uma vez que 60% dos medicamentos utilizados têm, em alguma instância, sua origem relacionada a uma fonte natural. A atividade antiproliferativa de extratos brutos e substâncias isoladas de espécies da família Asteraceae vêm sendo estudada, e os resultados são promissores. Neste contexto, 21 extratos brutos oriundos de 7 plantas da família Asteraceae, obtidos por maceração em solventes orgânicos (hexano, acetato de etila e etanol), foram avaliados in vitro frente à atividade antiproliferativa, através do ensaio colorimétrico do MTT. Dos extratos brutos avaliados, 3 (extrato em acetato de etila de Cyrtocymura scorpioides, extrato em acetato de etila de Eremanthus incanus, e extrato etanólico de Hypochaeris chillensis), exibiram alta atividade antiproliferativa (> 75%) frente à pelo menos uma de três linhagens celulares tumorais humanas: OVCAR-8 (ovário), HCT-116 (carcinoma do colo-retal) e SF-295 (sistema nervoso), e foram considerados fontes promissoras de compostos anticâncer. Também foi realizada uma triagem fitoquímica preliminar dos extratos brutos mais ativos para detectar as seguintes classes de constituintes químicos: terpenóides, saponinas, flavonóides, alcalóides e taninos. Terpenóides e flavonóides foram detectados e as propriedades antiproliferativas dos extratos brutos podem estar relacionadas à presença dessas classes de constituintes químicos, uma vez que a atividade antiproliferativa já foi descrita na literatura para essas classes. Até o momento foram identificadas 2 substâncias nos extratos ativos: acetato de lupeol no extrato em acetato de etila de Cyrtocymura scorpioides e luteolina-7-O-glicosídeo no extrato etanólico de Hypochaeris chillensis. Estas substâncias podem ser uma das responsáveis pela alta atividade antiproliferativa apresentada pelo extrato bruto. |
