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Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Subárea: Ciências Econômicas

Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Título
CRISE DO PENSAMENTO DESENVOLVIMENTISTA DA DÉCADA DE 1960: dialética do subdesenvolvimento
Autores
Fágner João Maia Medeiros (Autor)
Daniel do Val Cosentino (Orientador)
Resumo
O fim da II Guerra Mundial marca uma reorientação na condução do desenvolvimento da América Latina, tendo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe(CEPAL) um papel preponderante na reversão do subdesenvolvimento da região. A proposta da comissão reuniu economistas renomados em busca de formular um projeto de industrialização integral conduzido deliberadamente pelo Estado. Na década de 1960 a industrialização, por si só, demonstra não ser capaz de superar o subdesenvolvimento da região. O esgotamento do processo de industrialização, junto ao aparecimento de miséria, desemprego, e com apenas uma pequena parcela da população se beneficiando dos frutos deste processo, termina por culminar em uma Crise do Pensamento Desenvolvimentista. A pesquisa se estabelece nas derivações dessa crise, trata-se de compreender como pensadores latinos, como Prebisch, Furtado, Tavares entre outros, interpretaram a crise e como tais interpretações contribuíram para novas formulações teóricas a respeito do desenvolvimento na América Latina. Desta forma, O presente estudo tem por objetivo compreender os novos conceitos de subdesenvolvimento e os novos receituários para sua superação na América Latina, a partir do debate da Crise do Pensamento Desenvolvimentista da Década de 1960 na América Latina. A pesquisa se estrutura a partir de uma investigação teórica acerca da Teoria do Desenvolvimento dentro da História do Pensamento Econômico, o estudo se encontra na fase de levantamento bibliográfico das obras dos autores inclusos no debate, incluindo os principais interpretes deste cenário na década de 1960, resultando em uma pesquisa documental e bibliográfica. O estudo aponta como resultado provisório uma divergência entre o pensamento de Celso Furtado e M. Conceição Tavares, o primeiro identifica na crise uma tendência inexorável a estagnação sem que se realize reformas estruturais, enquanto Tavares aponta a necessidade de retomada do investimento, concluindo como uma crise cíclica.
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