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Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: História

Órgão de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

Título
Liberalismo e contrarrevolução: brasileiros e estrangeiros nos processos políticos do reinado de D. Miguel, Lisboa, 1828-1834.
Autores
THIAGO ANDREUCI ALVES SILVA (Autor)
Andréa Lisly Gongalves (Orientador)
Resumo
A Iniciação Científica vigente está vinculada ao projeto “Liberalismo e contrarrevolução: brasileiros e estrangeiros nos processos políticos do reinado de D. Miguel, Lisboa, 1828-1834” coordenada pela Profª Drª Andréa Lisly Gonçalves. O tema da pesquisa refere-se ao reinado de D. Miguel que colocou fim à primeira experiência liberal portuguesa e foi marcado por intensa repressão política aos seus opositores. Compete à pesquisa identificar personagens que, com graus diferentes de envolvimento, lutaram contra o regime absolutista de D. Miguel e puseram-se em defesa do constitucionalismo, além de avaliar a produção de documentos e obras relacionadas ao período. Abarcando ambas intenções, o objetivo inicial da iniciação científica é estudar a legitimidade das memórias-históricas/biografias e o seu lugar na estante dos fatos históricos, tendo como objeto a fonte "História do Cativeiro dos Presos de Estado na Torre de São Julião da Barra de Lisboa" de João Baptista da Silva Lopes. Lopes é deposto de seu cargo politico, perseguido por ser constitucionalista e preso no ano de 1828, quando iniciou suas memórias até ser libertado em 1833 com a tomada de Lisboa pelos liberais. A memória sobre o cárcere de Silva Lopes, foi registrada durante o período absolutista e tinha o propósito de reforçar a divulgação do perfil repressivo do governo miguelista, personificando-se como uma importante exposição do cotidiano das prisões e suas características insalubres. Os relatos dos diários do autor/personagem se configuram como memórias as quais são, sob um olhar geral, dotadas de conteúdo histórico. Mas será a relação entre memória e história tão simples assim? Quais particularidades podemos relevar e assim tornar mais sofisticada a discussão em torno da interpretação histórica e das memórias? Para buscar responder a tais questões faz-se necessário analisar a concepção do conceito de história, seus métodos, objetos e relacionar com o lugar arraigado pela memória.
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